Boa condição das pastagens segura preços do boi gordo. A demanda não tem a força necessária para reajustes mais consistentes da carne bovina, segundo especialista;
O mercado físico do boi gordo teve preços estáveis nesta sexta-feira. O analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a demanda não tem a força necessária para reajustes mais consistentes da carne bovina. “Por sua vez, a ótima capacidade de retenção dos pecuaristas impossibilita movimentos agressivos de queda, atuando como grande pilar de sustentação dos preços da matéria prima”.
Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista seguiram em R$ 203 a arroba. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços permaneceram em R$ 198 a arroba. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 195. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado continuou em R$ 195 a arroba. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço seguiu em R$ 185 a arroba.
Segundo Scot Consultoria
O mercado do boi gordo segue com oferta aquém da demanda, embora esta tenha melhorado, sutilmente, nestes últimos dias. As escalas aumentaram um pouco nos últimos dias, mas não a ponto de permitir pressão de baixa.
Nos primeiros quatro dias úteis de março, na média das trinta e duas praças monitoradas pela Scot Consultoria, o preço da arroba do macho terminado subiu 0,7%. Apesar da valorização modesta, o movimento indica que a disponibilidade, embora tenha melhorado, está menor do que a demanda.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de animais castrados ficou cotado em R$12,88/kg. Alta de 2,0% frente o fechamento do dia anterior (4/3).
Para o curto prazo, a expectativa é de que o recebimento dos salários colabore com a melhora do escoamento, o que deve manter os preços firmes.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. “Ainda há espaço para reajustes no curto prazo, em linha com a boa reposição entre atacado e varejo durante a primeira quinzena do mês. Importante destacar que para a segunda quinzena do mês a dinâmica tende a mudar com o escoamento mais lento da carne.”, disse Iglesias.
Assim, o corte traseiro seguiu em R$ 14,25 o quilo. A ponta de agulha permaneceu em R$ 11,40 por quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 12 por quilo.
Compre Rural com informações do Canal Rural e Scot Consultoria