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Frigorífico com habilitação para exportar relata dificuldade para encontrar lotes de novilhas gordas e pagam prêmios altos para o gado; Veja agora!
O mercado físico de boi gordo registrou elevação dos preços na maioria das praças de produção e comercialização nesta terça-feira, 16. Com um mercado travado e marcado pela oferta é cada vez mais restrita, com os frigoríficos encontrando dificuldades na composição de suas escalas de abate. O ágio para animais padrão exportação ultrapassam os R$ 10,00/@.
Segundo a IHS, o bom fluxo das exportações e a oferta restrita de animais terminados garantem firmeza às indicações de preços da arroba nas principais praças pecuárias do País. Nas localidades onde existem plantas habilitadas para exportação, é observado fluxo cada vez mais intenso de negociações, informa a consultoria.
Segundo a Scot Consultoria, a vaca gorda e novilha gorda para abate estão apregoadas em R$283,00/@ e R$297,00/@, preços brutos e a prazo, respectivamente. Para animais com padrão exportação, os prêmios são mais altos, já que a indústria tem melhores margens.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 305,57/@, na terça-feira (16/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 300,00/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 294,95/@.
Segundo o app, as negociações na praça paulista estão todas acima de R$ 300,00/@. Destaque do dia ficou para negociação de Aparecida D’oeste/SP, com valor de R$ 315,00/@ com pagamento à vista e abate para o dia 18 de março. Já o Indicado do Cepea, fechou com nova valorização e preço médio de R$ 309,90/@ para praça paulista.
Os frigoríficos enfrentam grande dificuldade para encontrar sobretudo lotes disponíveis de novilhas gordas, com a retenção dessa categoria para serem utilizadas como matrizes pelos pecuaristas, que visam evitar enfrentar os elevados custos de reposição.
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Exportações
Segundo dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nas duas primeiras semanas de março, o Brasil exportou 59,62 mil toneladas de carne bovina in natura, com um desempenho diário de 5,96 mil toneladas, o que representa um avanço de 22,6% sobre o resultado de fevereiro de 2021, e incremento de 4,2% quando comparado ao mês de março de 2020.
O valor pago na tonelada exportada também subiu 4% comparado mesmo mês de 2020, chegando em US$ 4.570,6 por tonelada.
Mercado Futuro
A escassez de oferta insiste em continuar, além disso, a melhora das pastagens abre uma janela para permanência dos animais nas propriedades, o que reduz as negociações. Na B3, o contrato com vencimento para maio/21 finalizou o dia cotado a R$ 307,65/@, obtendo valorização diária de 0,07%. Para outubro, os preços na B3 continuam acima de R$ 322/@.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 314 a arroba, ante R$ 312 a arroba na segunda- feira.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 299, contra R$ 298.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 298, ante R$ 295.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 300, contra R$ 298/299.
- Em Uberaba, Minas Gerais, os valores chegaram a R$ 304 a arroba, estáveis.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais altos. Conforme Iglesias, o cenário é complicado para que aconteçam novos reajustes no curto prazo, avaliando que as estratégias de distanciamento social mais severas levaram a um cenário de incertezas para bares, restaurantes e outros estabelecimentos.
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“Nesse tipo de ambiente, não há incentivo para a formação de estoques. Somado a isso precisa ser citada a predileção do brasileiro médio por proteínas mais acessíveis, que causa um menor impacto na renda média”, disse ele.
Com isso, o corte traseiro seguiu com preço de R$ 20,30 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,10 o quilo, e a ponta de agulha subiu de R$ 16,20 para R$ 16,30 o quilo.