A queda nos valores da reposição pode estar atrelada às ruins condições das pastagens, devido ao tempo seco, e aos elevados custos de produção.
Depois de atingir preço recorde em abril deste ano, quando chegou a ser negociado acima de R$ 3.200,00, o bezerro (nelore, de 8 a 12 meses, comercializado em Mato Grosso do Sul) teve média de R$ 2.851,71 em agosto, 4,1% abaixo da de julho/21 e a menor desde outubro de 2020, em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI).
Segundo pesquisadores do Cepea, a queda nos valores da reposição pode estar atrelada às ruins condições das pastagens, devido ao tempo seco, e aos elevados custos de produção, que desfavorecem as aquisições de novos lotes de animais. Assim, parte dos agentes consultados pelo Cepea indica que a oferta de reposição está um pouco maior que a demanda em algumas regiões pecuárias nacionais.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na média de todos os estados monitorados, entre machos e fêmeas anelorados e mestiços, a queda foi de 1,1% nos últimos sete dias. Já ao longo de agosto a desvalorização foi de 2,0%. Esse cenário mais frouxo é explicado pela entressafra e altos preços dos insumos.
Do lado da reposição, a piora na qualidade das pastagens somada aos altos preços dos insumos não permitem que os pecuaristas da cria consigam pressionar os preços. Nessa mesma atoada, os compradores buscam animais mais erados, afim de evitar os altos custos com a fase de recria destes animais.
A reação da demanda indica que os pisos de preços para animais jovens se encontram entre R$ 2.600 a R$ 2.800 por cabeça, um recuo de quase R$ 100,00/cab no Indicador do Bezerro/CEPEA, quando avaliado os preços dos últimos 30 dias. Sendo assim, os valores da categoria já somam uma queda de 3,22%.
Já segundo a Scot Consultoria, os preços apresentaram uma desvalorização ainda maior para a categoria dos bezerros Nelore desmamado, onde os preços voltaram ao patamar de R$ 12,90/kg, ou seja, R$ 2.900,00/cab. As demais categorias, Boi Magro e Garrote, valem R$ 3950,00 e R$ 3500,00, respectivamente.
Segundo os dados divulgados pela Agrobrazil, em seu relatório mensal, é possível observar que os preços seguem em desvalorização na maior parte das praças pecuárias pelo país. A única praça que foi verificada valorização do animal é Goiás, onde o animal segue apregoado a R$ 15,00/kg.
Já na praça paulista, os preços seguem abaixo da média observado em Julho. Outro ponto que chama atenção é o baixo volume de negociações em algumas regiões, o que impossibilitou até a formação das médias.
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Alento
A procura e acordos com frigoríficos e boiteis que, impulsionam o mercado de reposição, para as categorias que serão ofertadas no primeiro trimestre de 2022. Sendo assim, é possível absorver os atuais patamares de preços da nutrição para os animais.