
Considerada por muitos como o “ouro do Nordeste”, a palma forrageira se destaca por sua alta capacidade de retenção de água e riqueza nutricional, tornando-se essencial para a sustentabilidade da pecuária leiteira na região.
A palma forrageira se consolida como um dos principais aliados dos produtores de leite no Nordeste brasileiro, garantindo a alimentação do rebanho mesmo nos períodos mais severos de estiagem. Considerada por muitos como o “ouro do Nordeste”, essa forrageira se destaca por sua alta capacidade de retenção de água e riqueza nutricional, tornando-se essencial para a sustentabilidade da pecuária leiteira na região.
A resistência da palma forrageira à seca faz dela uma opção estratégica para os produtores de leite do semiárido.
Conforme relatado em um episódio especial de podcast gravado durante a Festa do Boi, na Carreta Agro pelo Brasil, a planta resolve vários desafios enfrentados pelos pecuaristas:
- Substitui volumosos escassos, fornecendo uma fonte constante de alimento mesmo em estiagens prolongadas;
- Oferece alto valor nutricional, sendo rica em energia, vitaminas, minerais e água;
- Facilita a alimentação do gado, reduzindo a necessidade de mão de obra intensiva;
- Diminui os custos com concentrados, pois tem alto teor energético, podendo ser considerada um concentrado natural.
Segundo um produtor entrevistado no evento, “quem tem vacaria no Nordeste precisa plantar palma. A cultura da palma tem que chegar a mais propriedades.“
A Bacia Leiteira do Nordeste
A região Nordeste tem uma das maiores bacias leiteiras do Brasil, com destaque para estados como Pernambuco, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte. De acordo com dados do IBGE, a produtividade média na região ainda é um desafio, mas programas de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), como o do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), têm impulsionado os resultados.
Entre 2021 e 2024, 17.445 propriedades receberam assistência, e a produção de leite superou 1 bilhão de litros, um aumento de 7,81% em relação ao ciclo anterior. A produtividade diária por vaca também teve avanço, passando de 10,9 para 11,3 litros, enquanto a média nacional era de 6,2 litros por vaca/dia.
Sustentabilidade e Futuro da Palma Forrageira na Pecuária Leiteira
Com a crescente necessidade de soluções sustentáveis na agropecuária, a palma forrageira tem um papel crucial. Sua capacidade de crescer com baixo consumo de água e resistir a climas extremos faz dela uma alternativa indispensável para a produção leiteira no semiárido.
A tendência é que mais produtores adotem essa cultura para garantir a segurança alimentar do rebanho, reduzindo custos e aumentando a eficiência produtiva. Como enfatizou um dos entrevistados na Festa do Boi, “Plantar palma é investir na sobrevivência da atividade leiteira no Nordeste”.