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A Embrapa e instituições de pesquisa da América Latina vão reunir dados sobre a área animal para compor o 3º Relatório Mundial da FAO.
Os constantes desafios à produção de alimentos em todo o mundo têm exigido da comunidade científica internacional mais do que exercícios na busca de equilíbrio ambiental para garantir alternativas seguras e sustentáveis aos sistemas agroalimentares.
Acompanhando sistematicamente as mudanças climáticas e seus impactos nos diferentes sistemas e continentes, pela primeira vez a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) incluiu a temática micro-organismos para análise na vertente de recursos genéticos animais. A novidade foi implementada e ganhou destaque na 12ª Sessão de Roma do Grupo de Trabalho Técnico Intergovernamental sobre Recursos Genéticos Animais para Alimentação e Agricultura.
Representante do Brasil para as ações da FAO em recursos genéticos animais, o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) Samuel Paiva comenta que existem uma série de micro-organismos importantes a serem analisados, considerando todas as discussões sobre mudança de clima e a emissão de gases.
“A microbiota que habita o rúmen tem influência na fisiologia do animal”, observa Paiva. Segundo ele, os participantes da Sessão de Roma receberam e darão início a análise de vários documentos sobre o impacto dos micro-organismos nos recursos animais e o que tem sido feito no mundo quanto ao assunto.
“Na Embrapa e no país faremos contatos para que o Brasil possa contribuir para a elaboração de um documento e enviar sugestões a serem avaliadas na reunião da FAO, em julho deste ano”, adianta o pesquisador.
A análise dos documentos sobre os impactos dos micro-organismos, bem como a colaboração da Embrapa para melhoria e atualização de dados a serem inseridos no Sistema de Informação sobre Diversidade de Animais Domésticos (DAD-IS), mantidos pela FAO.
A Embrapa tem um papel importante à frente do grupo, especialmente por ter um dos bancos de dados mais completos e que já contribui para a atualização do DAD-IS, que é o Alelo Animal. Segundo Paiva, reuniões digitais começam em fevereiro com os países da região. Um dos objetivos é preencher a lacuna que existe nessa área quanto a dados.
“Infelizmente a nossa região (América Latina ) é a que menos conhece os animais, os recursos genéticos animais que conservamos e mantemos em nossos países. É necessário integrar os trabalhos e fazer ações para reduzir essa lacuna”, comenta Samuel Paiva.
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Outros destaques da 12ª Sessão de Roma, realizada entre os dias 18 e 20 de janeiro de 2023, podem ser conferidas no podcast Café com Ciência, produzido pelo jornalismo da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
Fonte: Embrapa Recursos Genéticos e Biot
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