No início da década de 1970, o Brasil importava alimentos e hoje é um dos cinco maiores exportadores de cana-de-açúcar, soja, café, frutas, cereais e carnes. Confira!
De tão robusto, o agronegócio brasileiro consegue atuar em duas dimensões díspares. Nos bons momentos, empurra o PIB para cima e torna-se referência de produção, riqueza e pujança. Nas situações desafiadoras, é um amortecedor contra a piora dos indicadores.
Seja qual for a direção, o agronegócio brasileiro é motivo de orgulho nacional, como ficou evidenciado na Agrishow de Ribeirão Preto. Realizada na segunda quinzena de abril, foi a primeira em regime presencial após dois anos de pandemia.
O número de produtores, empresários e investidores foi recorde, com farta exibição de equipamentos ultramodernos, novas tecnologias e descobertas científicas. Em cinco dias, o evento reuniu nada menos que 193 mil pessoas, com mais de R$ 11,2 bilhões em negócios, o que a torna uma das maiores feiras do setor no mundo.
Em pouco mais de quatro décadas, o campo tornou-se um dos setores-chave da economia brasileira. Nesta edição da Agrishow, foram emocionantes as demonstrações de carinho, saudade e afeto no reencontro de amigos de longa data para conversas sobre experiências na pandemia, ou seja, o que ficou para trás, e a esperança sobre o que virá pela frente. Tudo com o sabor e o estilo amigável e descontraído do agronegócio.
No início da década de 1970, o Brasil importava alimentos. Hoje, é um dos cinco maiores exportadores de cana-de-açúcar, soja, café, frutas e cereais. Na pecuária, somos o maior exportador global de carne bovina, com um saudável rebanho de 218 milhões de cabeças de gado. O Brasil fornece comida para 1,5 bilhão de pessoas e é fundamental para a segurança alimentar do mundo.
E, além disso, para a produção de tudo que vem da terra, temos clima favorável e uma enorme extensão de áreas agricultáveis. Muitas instituições de pesquisa desenvolveram tecnologias que resultaram na alta produtividade brasileira.
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Nossos empresários e profissionais já provaram capacidade de liderança e modernidade. Hoje, a preocupação em seguir os princípios e valores socioambientais, o ESG, está presente em todo o agronegócio.
Destacam-se cada vez mais as lideranças femininas, como Teresa Cristina Vendramini, presidente da Sociedade Rural Brasileira desde 2020, a deputada Tereza Cristina, que ocupou ministério da Agricultura entre 2019 e 2022, e a senadora Kátia Abreu, ministra dessa pasta entre 2015 e 2016. O campo tem agora o desafio de comunicar ao mundo a plena convergência entre produtividade e respeito ao meio ambiente no Brasil. O agronegócio é um exemplo de que podemos nos transformar para melhor.
* PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO. ESCREVE A CADA DUAS SEMANAS