Novo tipo de carne leva em conta eficiência e alta qualidade do produto
A Carne Baixo Carbono – CBC – é um tipo de produto que leva em conta a eficiência do sistema de produção e do ambiente, resultando em uma carne de qualidade certificada. O objetivo é valorizar os sistemas de produção pecuária sustentáveis, capazes de reduzir o gás metano, emitido pelos bovinos durante o seu ciclo produtivo. Este metano, exalado pelos bovinos, trata-se de um gás incolor, o qual, em contato com o ar, pode se tornar inflamável. Além do mais, o gás é um dos causadores naturais do efeito estufa e da degradação do meio-ambiente. Ele retém calor na atmosfera e é um dos causadores do aquecimento global.
A CBC em breve estará no mercado, mas para produzi-la, o produtor deve seguir alguns protocolos específicos, que compõem uma série de requisitos, desde a documentação da propriedade, passando pela rastreabilidade dos animais, práticas voltadas ao bem-estar animal, entre outras exigências.
O pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Roberto Giolo de Almeida, que é líder dos projetos Carne Carbono Neutro e Carne Baixo Carbono, fala sobre o quê é preciso para iniciar a produção da CBC.
“Para produzir a CBC o produtor precisa estar associado a uma certificadora, para dar início aos atendimentos dos requisitos os quais dizem respeito ao protocolo de manejo para a produção. São igualmente necessárias e importantes as partes [do protocolo] sobre documentação, questões ambientais, sociais, de gestão, assim como as partes técnicas, que tratam sobre o solo, pasto e animais, propriamente ditos”, explica Giolo.
“O primeiro passo para quem quer produzir a CBC é acessar a plataforma on-line Agri Trace Animal da CNA, na qual é possível fazer a associação do produtor com uma certificadora independente. A partir deste relacionamento, se observa também um frigorífico que esteja disponível próximo a este produtor”.
É bom lembrar, que o pecuarista participante de um ou mais programas de certificação de carnes recebe bonificação pelo produto certificado. A sua propriedade também é mais valorizada, por se tornar mais eficiente e com menor impacto ambiental.
O pesquisador Roberto Giolo afirma: “o principal ganho é a valorização da carne produzida, que possui um valor agregado maior, em função de um sistema mais sustentável. Outro ponto é que o solo acaba enriquecido, pois a matéria orgânica confere uma maior fertilidade a ele”, conclui Giolo.
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