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Para produzir a nova picape, que terá maior porte e nome da antiga picapinha; O novo modelo irá desbancar a Toro e deve trazer mudanças no mercado!
Depois de ter encerrado a produção da pequena Montana em maio, a Chevrolet vai ressuscitar a picape. A GM confirmou que a inédita picape, que será maior para brigar com a Fiat Toro, vai herdar da antiga picape o nome Montana, que marca presença no mercado brasileiro desde 2003 – quando a picape estreou com o belo desenho do Corsa C.
Mas agora tudo será diferente, já que a picape ganhará um maior porte e ficará mais sofisticada para tentar bater de frente com a Fiat Toro, uma picape posicionada acima das compactas Strada e VW Saveiro, e abaixo das médias, como Toyota Hilux e Chevrolet S10.
E a GM não está perdendo tempo, pois aproveitou a paralisação devido a crise de semicondutores na fábrica de São Caetano do Sul (SP) para modernizar a linha de montagem, que começará a produzir em breve a nova Montana.
De acordo com a GM, o desenvolvimento da nova picape assim como a instalação de novos robôs e ferramentas com conceitos inéditos de manufatura fazem parte do plano de investimento de R$ 10 bilhões da montadora no Brasil. A nova Montana vai ser produzida com base na plataforma GEM, a mesma usada pelo hatch Onix, sedã Onix Plus e também pelo SUV compacto Tracker.
Ou seja, ela será baseada em uma base monobloco (assim como a Toro), diferente da picape média S10, montada sobre chassi. Com isso, ela certamente será mais usável no dia a dia, trazendo conforto de carro de passeio com a vantagem de uma caçamba.
Com isso, ela deverá ter também o mesmo motor 1.2 turbo de até 133 cv e 21,4 kgfm de torque do Tracker, com o 1.0 turbo possivelmente sendo deixado de lado por conta do maior peso que a nova Montana terá. Afinal, estamos falando de uma picape que precisa de força para levar 5 pessoas e ainda carregar algo na caçamba, algo que o propulsor 1.0 turbo ficaria devendo com seus 116 cv e 16,8 kgfm.
Se a nova Montana seguir o estilo da projeção que divulgamos em maio, ela virá com faróis afilados com luzes diurnas de LED, enquanto os faróis principais estarão presentes em uma seção separada logo abaixo, à exemplo da Fiat Toro e do Citroën C4 Cactus. A grade dianteira em colmeia seria atravessada por uma régua cromada, o que aumenta a impressão de robustez. A marca revelou apenas um teaser da nova Montana de perfil, que num primeiro momento se assemelha bastante com a nossa projeção.
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Já a lateral teria vincos parecidos ao do Tracker, enquanto as caixas de rodas ajudariam a dar “corpo” para a nova picape. Já na traseira a projeção do designer Renato Aspromonte do OverboostBR imaginou as lanternas com o mesmo desenho da Silverado americana e tampa da caçamba com o nome Chevrolet em relevo. A solução seria uma bela ideia para a nova Montana.
“É super importante para nós esse novo produto, é super importante para a presença da GM no Brasil. Nós estamos muito comprometidos com a nossa presença no Brasil. E eu acho que a nova Chevrolet Montana vai fazer uma enorme diferença no nosso portfólio”, disse o presidente da GM, Carlos Zarlenga, ao revelar o nome da nova picape que deverá ser lançada em 2022.
Detalhes
Com quatro portas, a Nova Montana poderá estrear aqui o motor 1.3 Turbo de quatro cilindros, usado pela GM em outros mercados, entregando 163 cavalos originalmente, mas que aqui pode ser anabolizado para chegar até 180 ou 190 cavalos.
A transmissão GF6-3 de seis marchas é outro item que deve fazer parte do pacote, mas não esperamos por um propulsor diesel, mesmo porque a GM não tem mais uma opção de tamanho pequeno.
Sobre o motor 1.5 Turbo da Equinox, ele é mais antigo e inspirado ainda na Família II. Pouco provável ser usado. A Nova Montana provavelmente usará suspensão traseira multilink e pode ter opção de tração nas quatro rodas, previsto no projeto da VSS-F, embora com eixo de torção em “V”, que pode ser visto em Onix e Tracker.
Um breve histórico da Chevrolet Montana
A Montana foi lançada em 2003 para enfrentar a Volkswagen Saveiro, a Fiat Strada e a Ford Courier no concorrido mercado de picapes compactas. O design com caçamba inspirada nas picapes step-side americanas foi o maior trunfo da picape Chevrolet.
Mas além de ser bonita a Montana era prática: seu degrau na lateral facilita o acesso à caçamba e a capacidade de carga era de bons 735 kg. Na traseira a Montana usava um eixo de torção com molas helicoidais, proporcionando uma rodagem mais confortável que a Strada e a Courier com suas molas semielípticas.
Na segunda geração a Montana passou a ser derivada do Agile, o que foi considerado um retrocesso pois trocava a plataforma do Corsa de terceira geração pela do Corsa de segunda geração. O estilo também não agradou, com sua cabine alta e caçamba de lateral baixa, dando uma aparência desengonçada a picape.
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Outra perda foi a do motor 1.8, que passou a ser oferecido apenas para exportação. No Brasil a única opção foi o 1.4. Em compensação a capacidade de carga cresceu para 756 kg e a caçamba longa era útil para levar motos.
A Montana teve sua produção encerrada em maio de 2021, para liberar espaço na linha de montagem para essa nova geração. Será que a Nova Montana conseguirá retornar o sucesso da primeira geração?