Três empresas brigam pela liderança em laticínios. A Nestlé, Lactalis e Danone, são as três principais empresas que comandam o mercado de lácteos. Veja!
Apesar do cenário adverso vivido pelas indústrias de lácteos no ano passado, com cotações mais baixas das commodities e clima desfavorável em importantes regiões produtoras de leite, o faturamento das principais empresas do setor cresceu em 2018, aponta um levantamento anual divulgado na sexta-feira pelo Rabobank.
No relatório intitulado “Global Dairy Top 20”, a instituição holandesa informou que o faturamento em dólar das 20 maiores companhias de lácteos cresceu 2,5%.
As dez principais faturaram em torno de US$ 150 bilhões em 2018, alta de 3,3%, conforme o banco holandês.
Em euros, porém, o faturamento das 20 maiores caiu 2%, em parte devido aos impactos das oscilações cambiais. O ano passado foi marcado por um dólar mais forte ante as outras divisas, destacaram as analistas Saskia Van Battum e Mary Ledman, que assinam o relatório.
No ranking elaborado pelo Rabobank, a multinacional suíça Nestlé e os grupos franceses Lactalis e Danone se mantiveram nas três primeiras posições. Líder, a Nestlé faturou US$ 24,3 bilhões na área de lácteos no ano passado. De acordo com as analistas do banco, a receita da suíça foi amparada pela relativa estabilidade do franco suíço ante a moeda americana e pelo crescimento orgânico de seus negócios de nutrição infantil.
Segunda da lista, a francesa Lactalis se aproximou da companhia suíça ao faturar US$ 20,8 bilhões. Ao longo do último ano, o grupo realizou 15 aquisições, ampliando sua atuação para Oriente Médio, África, América do Sul e Ásia.
Em 2019, a Lactalis voltou à carga, concluindo a compra do laticínio mineiro Itambé e do negócio de queijos da Kraft Heinz na Canadá. Segundo as analistas do Rabobank, a Lactalis tem uma lista considerável de negócios em vista, o que pode fazer com que melhore sua posição no próximo ranking.
No levantamento, as analistas chamaram a atenção para a estabilidade dos grupos que compõem o ranking. Pelo terceiro ano seguido, o grupo das 20 maiores não tem um novo integrante. “A estratégia de fusões e aquisições permaneceu ativa em 2018, o que deixou as três primeiras posições do ranking inalteradas, ainda que a diferença entre os líderes tenha se estreitado”, disseram.
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Em 2018, 111 acordos de fusão e aquisição foram firmados no setor lácteo, ante 127 transações no ano anterior. Neste ano, 85 acordos já foram feitos no primeiro semestre, dos quais 32 intercontinentais. Para 2019, a expectativa das analistas é que o crescimento das aquisições se intensifique. Uma mudança de ordem entre os três primeiros pode acontecer, ressaltaram elas.
“Entretanto, o menor crescimento econômico na China e a recessão iminente nos EUA devem dificultar o crescimento orgânico das companhias”, ponderaram as analistas.
Com informações do Valor.