
O mercado do boi gordo só terá maior propensão a reajustes quando a oferta de animais terminados diminuir. Esse cenário é esperado durante o período de transição da safra para a entressafra!
O mercado físico do boi gordo apresentou estabilidade no fechamento da última semana, no dia 02 de junho. Como as escalas de abate se encontram estendidas para a segunda metade de junho, a maior parte das unidades frigoríficos tem segurado as ofertas de compra, preferindo trabalhar em ritmo de cautela. Mas o cenário pode estar próximo de mudar, confira!
Na opinião da S&P Global, somente a partir do final de junho/23, o mercado esboça uma situação de maior equilíbrio na relação entre oferta e demanda, em razão de uma possível menor disponibilidade de animais para abate, após o intenso processo de desova da safra verificado nos últimos meses.

Reajustes no preço do boi e transição de safra
Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, o mercado do boi gordo só terá maior propensão a reajustes quando a oferta de animais terminados diminuir. Esse cenário é esperado durante o período de transição da safra para a entressafra, quando a oferta de animais terminados a pasto será residual e a oferta de animais confinados, ainda incipiente.
Nesse momento, as indústrias frigoríficas enfrentarão maior dificuldade na composição de suas escalas de abate, o que pode resultar em reajustes de preços. As indústrias frigoríficas aproveitam as escalas de abate confortáveis e a ampla oferta de animais para exercer pressão sobre os preços da arroba, pois sabem que a entressafra trará reajustes positivos nos preços, já que terá que “brigar” pelo boi gordo.
Atualmente, a capacidade reduzida de retenção por parte dos pecuaristas resulta em um volume expressivo de animais ofertados, o que indica uma perspectiva de queda das cotações a curto prazo. Sem outra saída viável para frear o viés de baixa da arroba do boi gordo, a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) vem aconselhando os pecuaristas a segurarem o boi no pasto para reduzir e controlar o excesso de oferta de gado gordo para os frigoríficos.
Cotação do boi no dia 02/06
Após quedas em todas as categorias de bovinos para abate, a semana termina com as cotações estáveis. Os preços, no entanto, estão pressionados com bastante oferta e escalas de abate planejadas sem dificuldade. A cotação do boi gordo está em R$240,00/@, a da vaca em R$220,00/@ e a da novilha em R$230,00/@, preços brutos e a prazo.
A cotação do “boi China” está apregoada em R$245,00/@, preço bruto e a prazo. Após grande queda nas exportações em maio, espera-se uma retomada mais intensa nas compras asiáticas, fator que deve trazer ainda mais demanda pelo animal jovem.
Segundo os dados CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, os preços já esboçam uma retomada e mudança na curva, apontando uma melhora nas ofertas médias de preços da arroba. Segundo a instituição, os preços fecharam a semana apregoados a R$ 248,30/@, uma alta frente ao preço que chegou na semana em R$ 241,75/@.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil
Os preços da arroba do boi gordo variaram em diferentes regiões do país.
- Na cidade de São Paulo, a referência ficou em R$ 241
- Já em Dourados (MS), foi indicado o valor de R$ 226.
- Em Cuiabá (MT), a arroba foi indicada em R$ 212.
- Goiânia (GO) registrou a referência de R$ 220.
- Em Uberaba (MG), a arroba teve o preço de R$ 225.
Exportação de carne bovina in natura
Em maio, foram exportadas 168,5 mil toneladas de carne bovina in natura, com embarque médio diário de 7,6 mil toneladas, incremento de 10,6% em comparação à média diária de maio/22. O faturamento médio diário está em US$39,05 milhões, queda de 12,62% no mesmo comparativo
Estabilidade de preços no mercado atacadista
No mercado atacadista, os preços da carne bovina se mantiveram acomodados ao longo da semana. De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, é improvável que haja uma recuperação consistente dos preços no atacado, pelo menos durante a primeira quinzena do mês.
As indústrias ainda indicam estoques elevados, e a situação das proteínas concorrentes, como a carne de frango e suína, também é preocupante devido à queda de preços. Os cortes de quarto traseiro foram precificados a R$ 17,90 por quilo, enquanto a ponta de agulha permanece no patamar de R$ 12,90 por quilo. Já o quarto dianteiro teve preço de R$ 13,15 por quilo.
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