As notícias no mercado interno e externo não são otimistas para o curto prazo e o pecuarista precisa ficar atento ao mercado para não vender barato!
O mercado físico do boi gordo teve preços mais baixos nesta quinta-feira. O analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, aponta que os frigoríficos apresentam escalas de abates mais confortáveis, espaçadas entre quatro a seis dias úteis.
“No entanto, os pecuaristas ainda contam com uma capacidade de retenção muito importante, avaliando a ótima condição das pastagens neste primeiro trimestre e este é, sem dúvida, o grande limitador de movimentos mais agressivos de queda nos preços do boi”, pontuou.
Segundo os consultores e analistas do mercado, o momento é de cautela e o pecuarista precisa estar mais atento as notícias e acontecimentos da porteira pra fora. Buscar informação de qualidade é crucial para poder ajustar a margem de lucro do negócio, principalmente com a reposição atingindo novos patamares de alta.
O Analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, consultor do Agrobrazil, citou hoje pela manhã que: “O momento não está fácil para lado algum, indústria e pecuaristas. Agora é hora de agir com calma e, principalmente, ficar atento a boas informações”.
Dentro do atual cenário, a média na praça de São Paulo, foi de R$ 201,41 segundo informações do app da Agrobrazil, parceiro do Compre Rural. Em Rancharia, tivemos pecuaristas negociando seus animais por R$ 205/@ com pagamento à vista e abate para 22 de março. Em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul, os pecuaristas estão vendendo o boi Europa por R$ 193/@ com 30 dias para receber e abate para o dia 25 de março.
Em Monte Aprazível, no estado de São Paulo, os negócios ficaram no patamar de R$ 200/@ com pagamento à vista e abate no dia 23 de março. O pecuarista que tiver oportunidade de reter a boiada gorda por mais alguns dias, deve ter preços melhores na próxima semana, já que os frigoríficos estão em uma situação “confortável” para o momento atual. Novas resoluções sobre o Coronavírus devem trazer maior otimismo para o mercado!
Segundo Scot Consultoria
Oferta limitada de boiadas para abate, esse é o cenário de boa parte das regiões pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria.
Em São Paulo, os preços ficaram estáveis na última quinta-feira (12/3) e as programações de abate atendem em torno de cinco dias. A arroba do boi gordo ficou cotada em R$200,00, à vista, livre de Funrural.
Segundo Safras&Mercado
- Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista caíram de R$ 203 a arroba para R$ 201 a arroba.
- Em Uberaba, Minas Gerais, os preços recuaram de R$ 197 a arroba para R$ 195 a arroba.
- Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 192 – R$ 193 a arroba, ante R$ 195 a arroba ontem.
- Em Goiânia, Goiás, o preço indicado permaneceu em R$ 193 a arroba.
- Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço permaneceu em R$ 186 a arroba.
- Indústria europeia terá benefícios com acordo, e protecionismo da França é desproporcional, diz Fávaro
- Terminal de Grãos do Maranhão recebe investimento de R$ 1,16 bilhão para expansão
- Existe um fertilizante ideal?
- COP29 fecha acordo climático e chefe da ONU critica resultado
- Previsão para Selic em 2024 segue em 11,75%; 2025 avança a 12,25%, aponto Focus
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. “A tendência ainda aponta para alguma alta dos preços no curto prazo, em linha com a boa reposição entre atacado e varejo durante a primeira quinzena. Já para a segunda quinzena, é aguardada uma reposição mais lenta entre atacado e varejo”, disse Iglesias.
O corte traseiro permaneceu em R$ 14,50 o quilo. A ponta de agulha permaneceu em R$ 11,45 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 12 por quilo.
Compre Rural com informações do Agrobrazil, Safras&Mercado e Scot Consultoria.