Se a importação for aprovada, entidades que representam os moinhos e a indústria brasileira de panificação e massas, afirmaram que não comprarão o trigo argentino.
SÃO PAULO (Reuters) – Entidades que representam os moinhos e a indústria brasileira de panificação e massas afirmaram nesta segunda-feira que não pretendem comprar trigo transgênico da Argentina, caso a importação seja aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
A pauta está em análise pelo órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, após solicitação da companhia argentina Bioceres.
“A preocupação da indústria é a questão dos consumidores, como vão reagir a uma eventual importação de trigo e de farinha vindos de origem transgênica”, disse a jornalistas o presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa.
Segundo ele, a Argentina é fornecedora de cerca de 85% das importações brasileiras de trigo, considerando que o Brasil importa 60% do que consome.
“Esperamos que isso não ocorra”, disse Barbosa sobre a aprovação da CTNBio. Ele acrescentou que os moinhos podem buscar o cereal em outros fornecedores, como alternativa ao produto argentino, destacando Uruguai e Paraguai em quantidades menores, e em maiores volumes nos EUA, Rússia e Canadá.
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A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos (Abimapi) e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) também se declararam contrárias à importação do transgênico.
Enquanto a questão não é definida, o presidente da Abitrigo estima que as importações do cereal poderão ficar ao redor de 5 milhões de toneladas neste ano, com base em uma safra nacional perto de 8 milhões de toneladas, como prevê a estatal Conab.
Fonte: Reuters