Ministério Público vai investigar origem de gado comprado por 11 frigoríficos

O objetivo da investigação é identificar frigoríficos que estão sendo abastecidos por criadores de gado de corte que utilizam áreas com desmatamento ilegal.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquéritos civis para investigar a origem do gado comprado por 11 frigoríficos em Mato Grosso, informou a divisão local do órgão na semana passada.

O MPF está na fase final de análise dos frigoríficos que não assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no âmbito do projeto da Carne Legal, segundo o procurador da República titular do 1º Ofício Ambiental em Mato Grosso, Erich Masson, em nota divulgada pelo MPF.

As empresas investigadas são:

  1. Borges de Carvalho & Cia (Frigonelore);
  2. Brasfri;
  3. J Renato Blau-ME (Frigorifico 2R);
  4. New Beef Company Frigorifico (New Beef);
  5. Frigoestrela;
  6. Rondonópolis;
  7. Nutrifrigo Alimentos;
  8. Mataboi Alimentos (Prima Foods);
  9. Frisacre Frigorífico Santo Afonso;
  10. Monte Verde;
  11. Ind. Frigorífica Boa Carne.

O objetivo da investigação, de acordo com o próprio MPF, é identificar se esses ambientes estão sendo abastecidos por criadores de gado de corte que utilizam áreas com desmatamento ilegal, trabalho análogo ao escravo ou terras indígenas e unidades de conservação invadidas.

Próximo passo do Ministério Público contra frigoríficos

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Foto: Sistema Faep

A partir da identificação da origem do gado, o MPF avalia se a área possui algum tipo de embargo ou alerta de desmatamento e, então, verifica se houve autorização para a supressão vegetal daquele local. Caso não tenha sido autorizada, a área passa a ser identificada como desmatamento ilegal.

“Essa é uma demanda dos próprios frigoríficos que já fazem parte do TAC” — Erich Masson

“Então nós negociamos com os frigoríficos a assinatura do TAC, para que eles também façam parte do Programa Carne Legal. Inclusive essa é uma demanda dos próprios frigoríficos que já fazem parte do TAC”, disse o procurador Erich Masson.

“O objetivo é trazer todos os frigoríficos para dentro do Programa Carne Legal para que todos façam uma análise socioambiental da compra e para que todo mundo fique nivelado, que o critério seja igual para todos”, complementou Masson.

Fonte: Agência Safras

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