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Investimento é de R$ 7,5 bilhões e deve elevar a capacidade de abate da Companhia para mais de 42 mil cabeças/dia. Com o movimento, a empresa reforça a liderança no mercado de carne bovina na América do Sul e reforça sua posição de maior exportador na região.
A Minerva Foods (Minerva S.A. – B3: BEEF3 | OTC – Nasdaq International: MRVSY), líder em exportação de carne bovina in natura e seus derivados na América do Sul, anuncia a aquisição de plantas de abate e desossa de bovinos da Marfrig, localizadas na América do Sul, pelo valor de R$ 7,5 bilhões. A transação está sujeita à análise e aprovação das respectivas autoridades concorrenciais.
Com a operação, a Minerva Foods dá um salto em sua atuação no mercado de carne bovina: a Companhia ampliará sua capacidade de abate e desossa de bovinos para 42.439 cabeças/dia, em comparação ao atual volume de 29.540 cabeças/dia, representando um aumento, portanto, de aproximadamente 44% nesse indicador.
A companhia controlada por Fernando Queiroz está pagando R$ 7,5 bilhões pelo conjunto de ativos – sendo R$ 1,5 bilhão de sinal e o restante quando a transação obtiver aprovação do CADE. O JP Morgan estendeu uma linha de crédito de R$ 6 bilhões que ficará disponível por 18 meses e terá um prazo de 2 anos.
Com base na análise de sensibilidade feita para a operação, a receita líquida das plantas adquiridas somada com a receita líquida atual da Companhia resultará num montante superior a R$ 50 bilhões. Outras vantagens competitivas da transação incluem a captura de sinergias na frente logística, oportunidades de expandir e aprimorar a distribuição, além da ampliação do acesso a clientes internacionais, reforçando a liderança da empresa na exportação de carne bovina desde a América do Sul.
Serão adquiridas 11 plantas e 1 Centro de Distribuição no Brasil, 1 unidade industrial na Argentina e outras 3 fábricas no Uruguai. O negócio envolveu ainda a compra de 1 planta de cordeiros no Chile, contribuindo para a estratégia de diversificação de proteínas e atuação em mercados de nicho e de alto valor agregado.
No total, a Companhia passa a ter 40 plantas de abate e desossa de bovinos: são 21 unidades no Brasil, 5 no Paraguai, 6 na Argentina, 6 no Uruguai e 2 na Colômbia. No segmento de cordeiros, a empresa passa a ter 5 plantas e capacidade total de abate e desossa de 25.716 cabeças/dia, sendo 4 plantas na Austrália, e 1 planta no Chile, ampliando seu acesso a mercados premium.
O movimento ainda contribui para que a Minerva Foods esteja cada vez mais bem posicionada para atender à crescente demanda mundial por carne bovina, por meio da plataforma número 1 em eficiência desta proteína oriunda da América do Sul.
De acordo com Fernando Queiroz, CEO da Minerva Foods, a empresa já acumula mais de 30 anos investindo diariamente para levar carne bovina da melhor qualidade para diversos mercados internacionais e essa operação, além de reafirmar a liderança da Companhia na exportação de carne bovina desde a América do Sul, representa mais um passo em sua missão de contribuir para a alimentação sustentável do planeta.
“Estamos muito entusiasmados com esse movimento, que está em linha com a nossa estratégia de diversificação geográfica e complementa de forma única a nossa operação na América do Sul, que é um dos mercados mais competitivos do mundo. Isso colocará a nossa Companhia em outro patamar, nos dará acesso a novos clientes internacionais, maximizará as oportunidades comerciais e sinergias operacionais, reduzindo riscos e ampliando a nossa capacidade de competir no mercado internacional de proteína animal”, completa o executivo.
A Minerva – hoje uma companhia com R$ 29 bilhões de receita líquida e R$ 2,8 bilhões em EBITDA – adiciona R$ 18 bilhões em receita líquida e R$ 1,5 bilhão de EBITDA com a aquisição. Nas 19 aquisições que a Minerva fez nos últimos 14 anos, a companhia tipicamente extraiu sinergias que aumentaram sua margem EBITDA em 150 a 200 basis points nos primeiros 18 meses.
Assumindo que o ganho de sinergia com os ativos da Marfrig fique em 70 basis points ao final do primeiro ano, a Minerva se transformará numa empresa de R$ 52 bilhões de receita líquida e R$ 5,1 bilhões em EBITDA, com sua alavancagem retornado para 2,6x em um ano. A transação também aprofunda a diversificação geográfica da Minerva. Depois do fechamento da aquisição, a Minerva terá 52% de sua capacidade instalada de bovinos no Brasil, 15% no Paraguai, 15% na Argentina, 11% no Uruguai e 7% na Colômbia.
O negócio também fortalece a posição da Minerva Foods no mercado interno, a empresa passa a ser o segundo maior produtor de carne bovina na região, num mercado diversificado e bastante competitivo.
Isso cria valor para diferentes públicos da Minerva
- os produtores, com os quais a Minerva Foods sempre buscou estabelecer uma relação de parceria por meio de iniciativas diversas, não apenas comerciais, mas de apoio técnico, financeiro, de engajamento às boas práticas produtivas e incentivo à atuação sustentável, e que agora poderão estreitar ainda mais a relação comercial com a empresa;
- os clientes, que poderão contar com um volume maior de produtos premium e de alto valor agregado, considerando o aumento da capacidade de produção da Companhia;
- os funcionários, que terão mais oportunidades profissionais, com o crescimento da empresa e um volume maior de unidades industriais entre os ativos da Companhia;
- os acionistas, com o crescimento da empresa e a geração de valor no médio e longo prazos;
- a sociedade em geral, visto que a movimentação fortalece a competitividade da América do Sul no atendimento à demanda mundial por proteína bovina.
Marfrig muda de foco
Com a transação, a Marfrig foca seu negócio ainda mais em produtos processados – particularmente em frangos e suínos, dada sua participação na BRF – mas continuará vendendo carne bovina in natura de marcas como a Bassi Angus. Ao mesmo tempo, a transação ajuda Marcos Molina a dar um passo importante para sua desalavancagem na Marfrig.
Consolidando sua participação na BRF (e já incluindo o aumento de capital), a Marfrig tem hoje uma dívida líquida de R$ 36 bilhões, ou 3,7x EBITDA. Segundo a empresa, quando todos os recursos da transação estiverem no caixa, essa métrica cairá para menos de 3x.
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