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Apesar do cereal perder área plantada para a soja, especialmente nos estados do Sul e Sudeste, condições climáticas sugerem padrão dentro da normalidade.
Apesar de haver uma expectativa de leve redução na área plantada do milho na próxima temporada, que deverá perder espaço para a soja especialmente nos estados do Sul e Sudeste, espera-se uma produção de 30,3 milhões de toneladas na 1ª safra 2022/23, 14,8% acima do estimado para o ciclo anterior, de acordo com a primeira estimativa divulgada pela StoneX nesta segunda-feira (01).
Por outro lado, considerando condições climáticas dentro da normalidade, acredita-se que o país possa obter uma rentabilidade média próxima de 7 t/ha, número consideravelmente acima do observado na primeira safra 2021/22, marcada por adversidades climáticas na região Sul.
“Vale destacar que os números estão sujeitos a grandes alterações, visto que o clima pode surpreender negativamente e ainda há tempo para mudanças na decisão de plantio”, pondera o analista de inteligência do grupo, João Pedro Lopes.
“Em meio à expectativa de mais uma robusta produção na próxima temporada, espera-se que o país continue ampliando sua presença no mercado internacional, questão favorecida também pelas incertezas envolvendo a safra ucraniana e o acordo entre China e Brasil”, completa .
Além disso, espera-se um aumento no consumo doméstico, com destaque para a demanda proveniente do setor de etanol. Mesmo com o aumento no consumo total, a StoneX espera um aumento nos estoques de passagem para 14,15 milhões de toneladas.
Temporada 2021/22
A StoneX revisou mais uma vez sua estimativa de produção da safra de inverno 21/22, para 93 milhões de toneladas, um aumento de 2,5% em comparação ao número divulgado no início de julho. O ajuste positivo resultou de perspectivas mais favoráveis para a produtividade no Mato Grosso do Sul, assim como de aumentos na área plantada e no rendimento médio do Mato Grosso.
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“Apesar de ter vivenciado alguns momentos de incerteza ao longo da temporada, as condições climáticas, de modo geral, foram favoráveis para o desenvolvimento da safrinha 21/22, com a colheita ocorrendo em um ritmo mais acelerado que o observado nos últimos anos e caminhando para atingir uma produção recorde”, explica o analista João Pedro Lopes.
Já em relação à 3ª safra de milho 21/22, não foram realizadas alterações, e a produção segue estimada em 2,2 milhões de toneladas.
Somando-se os números esperados para as três safras, a produção total em 21/22 ficaria em 121,6 milhões de toneladas, contra 119,3 milhões de toneladas no relatório anterior.