Descoberta foi da Universidade Nacional da Colômbia; esponjas e até sedimentos do fundo do mar contam com um grande potencial para combater o percevejo-raspador.
Leonardo Gottem, Agrolink
Como resultado de um estudo realizado por dois grupos de pesquisa da Universidade Nacional da Colômbia se estabeleceu que dois de 250 micro-organismos provenientes de algas, octocorais, esponjas e até sedimentos do fundo do mar de Santa Marta, Ilhas de Rosario e Providência contam com um grande potencial para combater o percevejo-raspador (Collaria Scenica).
O percevejo suga os nutrientes do pasto até provocar a seca em solos frios e por tal razão pode causar grandes perdas aos pequenos e grandes produtores de leite. O estudo afirma que essa situação levou a que uma das recomendações do grupo de professores, profissionais e estudantes que trabalham no projeto seja implementar uma série de boas práticas para o melhoramento do solo, além de combinar essa pastura com aveia, trevos ou outros tipos de forragem.
Por outro lado, como o quicuyo, pasto comum da Colômbia, se desenvolve melhor que estas espécies a alturas entre 1000 e 2000 metros, é indispensável contar com um produtor capaz de combater a Collaria scenia, uma de suas particularidades é haver desenvolvido resistência aos pesticidas convencionais, os quais causam aborto entre as vacas.
Com tamanhos entre dois e cinco milímetros e um ciclo de vida inicial estimado entre 40 e 45 dias – no qual o inseto não tem asas – outra das recomendações para seu controle é mudar os ciclos de pastoreio para atacar antes que chegue ao período adulto.
A possibilidade de voar faz com que o seu controle seja muito mais difícil, somado ao feito de que depois de cumprir 90 dias começa a colocar ovos muito perto do solo, zona que é inacessível para qualquer tipo de inseticida. Por isso, “seja qual seja o controlador empregado, uma das nossas sugestões é que se aplique oito dias antes do pastoreio e antes que se cumpram 40 dias”, diz a professora Nubia Moreno da equipe de trabalho do Instituto de Biotecnologia da Universidade Nacional da Colômbia.
Leonardo Gottems, via AGROLINK