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Mercado do boi gordo permanece em queda no Brasil – em São Paulo, capital, a cotação da arroba do boi foi de R$ 195, em Goiânia, o preço ficou em R$ 190; Pecuaristas tentam se unir em movimento “Menos que R$ 200/@ não”.
O mercado do boi gordo no cenário físico continua a registrar quedas de preço, principalmente nas regiões do Centro-Norte do Brasil. O mercado, nessas áreas, ainda possui uma oferta de animais considerável, mantendo os frigoríficos locais com amplas disponibilidades para abate e força para exercer uma pressão negativa nos preços ofertados. Do lado de dentro da porteira, as margens nunca estiveram tão pessimistas, para não dizer negativas. Dentro desse cenário, grupo de pecuaristas lançou a campanha “”Menos que R$ 200/@ não”, afim de tentar uma união da classe para evitar um recuo ainda maior nos preços da arroba.
Na avaliação da S&P Global Commodity Insights, a baixa liquidez no mercado brasileiro do boi gordo reflete a ausência de ambas as pontas do mercado, o que resultou na lateralidade dos preços da arroba na maior parte das praças pecuárias monitoradas pela consultoria. Pecuarista tem a força que precisa para poder ajudar o mercado a encontrar um piso para os preços, mas a classe precisa se unir de forma rápida.
“Menos de que R$ 200,00/@ não”
No passado recente, quando a China embargou as exportações de carne bovina brasileira, a união da classe dos pecuaristas provou ser forte e, apesar da pressão da indústria, conseguiu segurar os preços do boi gordo em R$ 250,00/@.
Agora, diante da pressão que sofrem os preços, influenciado por diversos fatores como a queda no consumo interno, queda nos preços da carne bovina exportada e o aumento da oferta de animais para abate, principalmente de fêmeas, o que o movimento procura é a união dos pecuaristas nas principais regiões produtoras do Brasil para que, juntos, possam evitar que os preços cravem uma nova queda ao longo deste mês.
Intitulado e encabeçado pelo Grupo Pecuária Brasil – GPB, como “Menos de que R$ 200,00/@ não”, o movimento busca conscientizar o produtor rural a não comercializar seus animais a patamares inferiores aos R$ 200,00. Essa união da classe, na visão do Grupo, é uma das únicas formas de diminuir o impacto na atividade, que atualmente possuem margens negativas, conforme mostrado pela Agrifatto.
“Vamos segurar a nossa pecuária com unhas e dentes e garantir um futuro melhor para nossa família. Não aceite ofertas abaixo disso, valorize a sua mercadoria!”, informou a nota emitida pelo GPB. Confira na imagem abaixo.
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Controvérsias
Embora o movimento tenha ganhado força nesta semana, alguns pecuaristas questionam a atitude, apontando dificuldades para poder reter os animais. Dentre os entraves citados estão a disponibilidade de pastagem, tendo em vista a menor oferta de pasto diante da época seca do ano. Além disso, pecuaristas citam que os animais em confinamento tem um tempo determinado para serem retirados, principalmente diante do aumento do custo da arroba produzida neste sistema e, por fim, o alto volume de cobranças de dívidas que normalmente chegam nesta época do ano.
E você, qual sua opinião?
Fechamento do boi gordo na abertura da semana
Como de costume, a maior parte das indústrias frigoríficas está fora das compras e aguardando o resultado da venda de carne durante o final de semana. Em função disso, os preços do boi gordo não mudaram em São Paulo.
O boi gordo está sendo negociado em R$195,00/@, a vaca gorda em R$185,00/@ e a novilha gorda em R$192,00/@, preços brutos e a prazo. O “boi China” está sendo negociado em R$200,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@.
“As indústrias permanecem atuando de forma limitada nas compras de animais terminados, tendo em vista que as suas escalas já adentram a segunda quinzena de setembro/23, retirando a necessidade de efetuar grandes inserções no mercado balcão”, relatam os analistas da S&P Global.
Por sua vez, nas praças de Mato Grosso do Sul, informa a S&P Global, verificou-se que há grandes dificuldades em efetivar novos negócios a valores inferiores aos R$ 200/@.
Na avaliação do analistas, a semana de feriado prolongado na quinta-feira (7 de setembro) pode motivar uma ascensão da procura doméstica pela carne bovina, mas tal fator pode não ser suficiente para frear o ímpeto baixista no mercado brasileiro do boi gordo.
Na B3, todos os contratos futuros finalizaram o dia com cotação superior à R$ 200,00/@, com ênfase em nov/23, que é cotado a R$ 215,35/@ e valorização no comparativo diário de 3,26%, apontou a Agrifatto.
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