
O estudo abrange o cultivo de sequeiro e irrigado e indica os melhores períodos e locais para o estabelecimento de lavouras de feijão no Brasil.
OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou no Diário Oficial da União, de sexta-feira (11), as Portarias nº 28 a nº 66 para atualização do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) da cultura do feijão comum. O estudo abrange o cultivo de sequeiro e irrigado e indica os melhores períodos e locais para o estabelecimento de lavouras de feijão no Brasil, conforme estimativas de níveis de risco de perda associada ao clima.
As recomendações do Zarc sobre as melhores época de plantio embasam o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). O zoneamento também é uma ferramenta de consulta para o planejamento das lavouras, utilizada por técnicos e assessores rurais, agricultores e operadores financeiros de linhas de crédito.
O feijão foi uma das primeiras culturas do País a integrar o Zarc, em meados da década de 1990. De lá para cá, o Zarc Feijão Comum vem sendo aprimorado periodicamente, partindo de técnicas agrometeorológicas e de geoprocessamento aplicadas às bases de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), assim como do sistema HidroWeb, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), além de redes estaduais de apoio mantidas por instituições ou empresas públicas.
Ao longo dos anos, o resultado trazido pelo Zarc Feijão Comum é a possibilidade de planejar o estabelecimento de lavouras em janelas de plantio mais propícias a uma boa colheita em determinada época e localidade, buscando diminuir os efeitos negativos de irregularidades na distribuição pluvial diante das necessidades de água para o desenvolvimento da planta de feijão. Isso significa que o Zarc Feijão Comum é uma avaliação de risco exclusivamente agroclimático, pois parte do pressuposto de que todas as demais necessidades da cultura serão atendidas pelo manejo agronômico.
Conforme explica o coordenador do estudo, o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão Alexandre Bryan Heinemann, o Zarc Feijão Comum foi realizado incorporando o modelo de processo CROPGRO-Drybean. Esse modelo integra dados diários climáticos, de solo e características de um genótipo de feijoeiro para estimar a produtividade em um determinado ano e data de semeadura. Dessa forma, agregaram-se melhorias no Zarc, como as fases do feijoeiro não são mais fixas, variam, ano a ano, conforme as condições climáticas. Além disso, utilizando esse modelo é possível selecionar diferentes produtividades esperadas de acordo com o nível de manejo, por exemplo, para irrigado e sequeiro.
Ainda segundo Alexandre Bryan, nos resultados, foram feitas sugestões de instituições parceiras que participaram das reuniões de validação do Zarc do feijoeiro. “Apesar dessas reuniões de validação com as instituições parceiras não serem uma novidade no Zarc Feijão Comum, essa iniciativa permitiu conferir ajuste fino aos resultados do Zarc nos ambientes de produção”, explica o pesquisador.
Os períodos de semeadura do Zarc Feijão Comum podem ser consultados de duas maneiras. Por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos”, no site do Mapa ou pelo aplicativo Zarc Plantio Certo, para acesso pelos sistemas operacionais Android e iOS, de forma gratuita.
Fonte: MAPA
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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