Várias fazendas enfrentam uma alta rotatividade de funcionários, o que impacta diretamente na produtividade e qualidade do leite.
A escassez de mão de obra qualificada nas fazendas leiteiras é uma realidade atual que tem desafiado até o mais experiente dos produtores. Várias fazendas enfrentam uma alta rotatividade de funcionários, o que impacta diretamente na produtividade e qualidade do leite, além de dificultar a expansão e perpetuidade do negócio.
Antigamente, as famílias eram todas formadas dentro das propriedades, onde os filhos ocupavam os lugares dos pais em suas funções dentro das fazendas. Há alguns anos, a nova geração tem buscado oportunidades nos grandes centros urbanos, desde estudos até uma oportunidade no mercado de trabalho, o que exige a contratação de mão de obra externa, muitas vezes de pessoas que não estão acostumadas com o ritmo e carga de serviço de fazendas leiteiras, o que gera rotatividade de dificuldade de retenção.
Diante da difícil situação em relação a mão de obra para fazendas leiteiras, a contratação de mão de obra de imigrantes pode ser uma alternativa? Essa foi uma solução que muitos países adotaram, sendo um exemplo os Estados Unidos. Hoje, cerca de 51% da força de trabalho nos EUA são de imigrantes, que respondem por 79% do leite produzido.
Mão de obra de imigrantes na produção de leite
A contratação de imigrantes pode ser uma solução para preencher lacunas no mercado de trabalho, especialmente em setores onde há escassez de trabalhadores, como o leiteiro.
A eficácia e a conveniência da contratação de imigrantes dependem de vários fatores. No Brasil, existe um processo burocrático que pode variar dependendo do tipo de visto, da situação do estrangeiro e da legislação vigente.
O primeiro passo é obter um visto de trabalho para o estrangeiro. Existem diferentes tipos de vistos de trabalho, e o tipo de visto necessário dependerá do propósito da viagem e da situação do trabalhador. Alguns dos vistos mais comuns incluem o Visto de Trabalho Temporário e o Visto Permanente.
Além disso, o empregador no Brasil deve solicitar uma autorização de trabalho junto ao Ministério da Economia. Isso é feito por meio do Sistema Nacional de Emprego (SINE). A autorização de trabalho é necessária para que o estrangeiro possa trabalhar legalmente no país.
Existe também, um programa do governo chamado Vagas de Emprego Sinalizadas (VES), que consiste no direcionamento de refugiados e imigrantes para uma vaga de emprego definida. Basicamente, empresas destinam um volume de contratação para o VES, e ONGS que atuam junto à Operação Acolhida de imigrantes e refugiados ajudam na identificação de perfis para a ocupação das vagas. Tanto o empregador quanto o trabalhador devem cumprir todas as leis trabalhistas brasileiras, incluindo aquelas relacionadas a salário mínimo, jornada de trabalho, férias, entre outros.
É importante ressaltar que as regras e regulamentos para a contratação de mão de obra estrangeira no Brasil podem mudar ao longo do tempo. Portanto, é fundamental consultar o Consulado Brasileiro no país de origem do estrangeiro e buscar orientação para garantir que todos os procedimentos sejam seguidos corretamente.
Além disso, as condições específicas de contratação podem variar dependendo do setor de atividade, da qualificação do estrangeiro e de outros fatores, por isso é importante buscar orientação jurídica especializada na mão de obra para o setor leiteiro.
Fonte: MilkPoint
ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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