Os preços acumulam aumento real de 6%, bem inferior à alta dos custos de produção desde janeiro, que chega a 14%, segundo análise divulgada em 28/9.
As altas contínuas dos preços recebidos pelo produtor de leite ainda não representam melhoria de rentabilidade no campo, avaliam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
Neste ano, os preços acumulam aumento real de 6%, bem inferior à alta dos custos de produção desde janeiro, que chega a 14%, segundo análise divulgada em 28/9.
Na média Brasil, o preço do leite captado em agosto e pago em setembro foi de R$ 2,3827 o litro, o que representou um aumento de 1% em relação ao mês anterior.
“Num contexto de adversidade climática, em que a estiagem prejudica a alimentação volumosa do rebanho, a elevação dos custos de produção, sobretudo dos insumos ligados ao manejo nutricional (como concentrado e suplementação mineral), tem desestimulado investimentos na atividade e, consequentemente, impedido um ajustamento rápido da oferta à demanda”, diz a nota.
- Alerta: Semana com típicos temporais de primavera-verão; Veja onde
- Boi gordo atinge R$ 365/@ e cenário deve trazer nova disparada nos preços
- Mitsubishi Triton 2026: nova geração mira o topo e quer desbancar concorrentes; Fotos
- Setor agropecuário no Brasil sai ganhando após o G20
- Pecuária não é a vilã do aquecimento global e pode até ser uma aliada
O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea, por sua vez, avançou 0,89% entre julho e agosto, puxado pelo aumento do volume de captação no Rio Grande do Sul (4,2%) e no Paraná (1,6%). No mesmo período do ano passado, o índice havia crescido 3,88%.
A demanda por lácteos ainda não se recuperou como era previsto, e as negociações para os laticínios mantêm-se enfraquecidas desde a segunda quinzena de agosto.
As informações são do Valor Econômico