A nova unidade, denominada ‘Lactosol’, tem como objetivo abordar questões de sustentabilidade, reduzindo a pegada de carbono da empresa.
Lactalis, gigante global do setor de lácteos, inaugurou a “maior usina de energia solar térmica da França”, o que lhe permitiu reduzir as emissões de CO2 em 2.000 toneladas por ano.
A nova unidade, denominada ‘Lactosol’, tem como objetivo abordar questões de sustentabilidade, reduzindo a pegada de carbono da empresa e fornecerá calor à unidade adjacente de Verdun pelos próximos 25 anos.
A unidade de Verdun produz soro de leite em pó, obtido pela secagem do soro de leite (lactoserum), que é fornecido para uso em produtos de nutrição infantil, clínica e esportiva.
Inaugurada oficialmente em novembro de 2021, em colaboração com a pioneira em energia térmica renovável Newheat, a torre de secagem na unidade de Verdun foi inicialmente alimentada por uma caldeira a gás. “Após as grandes reformas da unidade de Verdun e a inauguração da nova torre de secagem em 2021, era essencial continuar nossa transformação, concentrando-nos na redução de nossa pegada energética”, disse Jean-Luc Bordeau, diretor administrativo da Lactalis Ingredients.
Energia solar para o futuro
A nova usina de energia solar térmica da Lactosol ocupa 15.000 metros quadrados e tem uma potência máxima de aproximadamente 13 MWth. Equipada com um tanque de armazenamento de 3.000 metros quadrados, capaz de armazenar vários dias de produção de calor, a instalação trabalha para garantir um fornecimento contínuo, mesmo durante a noite e em dias nublados.
Essa abordagem permite que a unidade de Verdun reduza suas emissões de CO2 em cerca de 2.000 toneladas por ano, o que equivale a 7% das emissões totais da unidade.
Ao incorporar a energia solar térmica em suas operações, a Lactalis pretende reduzir o consumo de gás em 6% na unidade de Verdun, com planos adicionais para instalar uma caldeira de biomassa até 2026, substituindo quase 50% do consumo de gás por energia renovável.
Processo de soro de leite em pó da Lactalis
A empresa produz soro de leite em pó por meio da fabricação de queijo, desnatando e concentrando o subproduto antes de ser seco por pulverização.
O soro de leite (6% de sólidos totais, 94% de água) passa inicialmente por um processo de evaporação para reduzir o conteúdo de água, de modo que os sólidos sejam 60%, ou seja, uma concentração de 10x.
A Lactalis então “semeia” o concentrado de soro de leite com pó produzido em um lote anterior, o que permite que a lactose mude para uma consistência utilizável – um processo conhecido como cristalização, que leva de seis a 10 horas.
Em seguida, o concentrado é transferido para uma torre cheia de ar quente e pulverizado em gotículas finas, onde a água evapora e os sólidos do soro de leite secam em forma de pó.
Por fim, o pó é passado por um leito de fluido para condicioná-lo à umidade exata necessária.
Nova energia
O projeto recebeu apoio financeiro da Newheat, sediada em Bordeaux, e de seus parceiros, incluindo um acordo de financiamento bancário de 13 milhões de euros (US$ 14,23 milhões) em 2020. “Em 2020, a unidade da Lactalis em Verdun já era pioneira na escolha da energia solar para descarbonizar a atividade de sua futura torre de secagem”, disse Hugues Defreville, presidente e cofundador da Newheat.
“Hoje, o setor de energia renovável, e a energia solar térmica em particular, está experimentando um aumento significativo. Você pode apostar que o exemplo da Lactalis, que é líder global em produtos lácteos e reconhecida por sua excelência industrial, incentivará outros fabricantes a considerar essas soluções virtuosas para seus próprios projetos de descarbonização.”
Após a inauguração bem-sucedida, a Newheat, que anunciou recentemente uma captação de recursos de € 30 milhões (US$ 32,84 milhões), está planejando mais 15 projetos nos próximos três anos, com um investimento total de € 150 milhões (US$ 164,18 milhões).
Espera-se que esses projetos, localizados principalmente na França, forneçam um volume anual de 200 GWh de calor renovável.
Fonte: Dairy Reporter
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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