
Segundo o CEO da companhia, a Jonh Deere possui uma estratégia robusta para minimizar os impactos das tarifas, com forte presença de fabricação nos Estados Unidos.
A Jonh Deere, uma das principais fabricantes globais de equipamentos agrícolas, está preparada para enfrentar possíveis tarifas impostas sob um governo liderado por Donald Trump. Segundo o CEO da companhia, John May, a Deere possui uma estratégia robusta para minimizar os impactos das tarifas, com forte presença de fabricação nos Estados Unidos.
Contexto: tarifas propostas por Trump
Donald Trump, durante sua campanha eleitoral, prometeu implementar tarifas amplas sobre produtos importados, com o objetivo de incentivar a produção local. A Deere, com sede em Illinois, foi alvo de críticas do ex-presidente após anunciar, em 2022, a transferência de parte da produção de cabines de tratores de Waterloo, Iowa, para o México. Mais recentemente, Trump ameaçou aplicar uma tarifa de 200% sobre equipamentos da Deere fabricados no México, caso volte à presidência.
Produção local como vantagem competitiva
Em resposta a essas ameaças, John May destacou que mais de 75% dos produtos vendidos pela Deere nos EUA são montados no próprio país, em uma rede de 60 fábricas espalhadas por 16 Estados e empregando 30 mil trabalhadores. “Estamos muito bem posicionados para enfrentar qualquer cenário. Dependemos fortemente de nossos funcionários altamente qualificados nos EUA para projetar e fabricar os equipamentos tecnologicamente mais avançados do mundo”, afirmou o executivo durante teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre fiscal.
A Jonh Deere exporta mais equipamentos agrícolas e de paisagismo dos EUA do que importa, o que, segundo May, coloca a empresa em uma posição sólida diante de possíveis mudanças na política tarifária.
Impactos nas operações e estratégia global
Apesar de sua forte presença local, a transferência de operações para o México é parte da estratégia de longo prazo da Deere para otimizar sua cadeia produtiva. Em 2022, a empresa realocou a produção de cabines para tratores agrícolas grandes, com o objetivo de liberar espaço em sua fábrica de Waterloo, Iowa, para um novo modelo de trator.
Essa decisão gerou críticas, mas a Deere argumenta que sua estratégia global visa atender melhor à demanda internacional, mantendo a competitividade no mercado.
Resultados financeiros do quarto trimestre
Os resultados do quarto trimestre fiscal de 2024 mostram desafios econômicos enfrentados pela Deere. A empresa registrou lucro líquido de US$ 1,245 bilhão (US$ 4,55 por ação), uma queda de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o lucro foi de US$ 2,37 bilhões (US$ 8,26 por ação). A receita também caiu, totalizando US$ 11,143 bilhões, uma redução de 28% em comparação com os US$ 15,54 bilhões registrados no quarto trimestre de 2023.
Essa queda é atribuída a fatores como flutuações cambiais, inflação nos custos de produção e incertezas no mercado global.
Com uma forte base de fabricação nos EUA e uma estratégia global bem definida, a Deere demonstra estar preparada para enfrentar possíveis tarifas sob a administração de Donald Trump. Apesar dos desafios financeiros recentes, a empresa aposta na inovação tecnológica e na eficiência de sua cadeia produtiva para manter sua posição de destaque no mercado de equipamentos agrícolas.
Os próximos passos dependerão não apenas das políticas tarifárias, mas também da capacidade da Deere de equilibrar sua presença local e global para atender às demandas de um mercado em constante transformação.
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