
A JBS, maior produtora de carne do mundo, afirmou que a unidade será a maior do mundo de carne produzida em laboratório. A unidade em São Sebastián terá aportes de US$ 41 milhões.
A gigante do setor de alimentos JBS anunciou recentemente o início da construção da primeira fábrica em escala comercial de carne cultivada da BioTech Foods, na qual a companhia brasileira é sócia majoritária, na Espanha. Segundo a JBS, a unidade será a maior do mundo em produção de carne cultivada em laboratório. A previsão é que, até meados de 2024, a fábrica seja capaz de produzir mais de mil toneladas de proteína cultivada por ano, podendo expandir sua capacidade para 4 mil toneladas anuais a médio prazo.
Esse movimento deverá contribuir para diversificar ainda mais o portfólio de produtos da JBS, que já atua nas principais proteínas animais, sendo a maior produtora global de carnes.

“A nova planta da BioTech coloca a JBS numa posição única para liderar o segmento e surfar esta onda de inovação”, disse o diretor da Unidade de Negócios de Valor Agregado da JBS USA e um dos responsáveis pela estratégia de proteína cultivada da empresa, Eduardo Noronha.
A JBS é a acionista majoritária da empresa espanhola, líder europeia no setor de proteína cultivada, com uma participação de 51%. A unidade está sendo construída em San Sebastián. Segundo Noronha, a fábrica permitirá à BioTech Foods oferecer proteína cultivada “como um produto inovador, que atenderá à demanda do consumidor por produtos alimentícios saudáveis, saborosos e sustentáveis”.
A JBS detém 51% das ações da empresa espanhola BioTech Foods, líder europeia no setor de proteína cultivada.
Executivos do setor disseram à Reuters no início do ano que a carne de laboratório, produzida em grandes tanques de aço a partir de células de animais, poderia estar no menu de restaurantes em breve, após uma companhia conseguir um importante aval regulatório para seguir adiante.
A carne cultivada é ainda uma das apostas para ajudar o mundo a atender a crescente demanda global por alimentos até 2050, segundo uma avaliação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), citada pela JBS.
Neste contexto, a JBS vem anunciando investimentos no setor, nos últimos anos. A unidade em São Sebastián terá aportes de US$ 41 milhões.
“A BioTech Foods conta com a tecnologia e a capacidade para produzir proteína em larga escala… Com os desafios impostos às cadeias de abastecimento globais, a proteína cultivada oferece o potencial de estabilizar a segurança alimentar e a produção global de proteína“, avaliou o cofundador e CEO da BioTech Foods, Iñigo Charola, em nota.
A JBS planeja expandir gradualmente a capacidade produtiva da BioTech Foods para atender à crescente demanda dos consumidores em mercados-chave, como Austrália, Brasil, União Europeia, Japão, Cingapura e Estados Unidos. Com essa iniciativa, a empresa reafirma seu compromisso com a produção sustentável e busca impulsionar a segurança alimentar global, oferecendo opções de proteínas inovadoras e alinhadas com as demandas dos consumidores.
Além do empreendimento na Espanha, a JBS vai construir um centro de última geração para pesquisa e desenvolvimento de biotecnologia e proteína cultivada em Florianópolis, com investimento de estimado US$ 60 milhões.
O objetivo é desenvolver tecnologia de ponta 100% brasileira para produzir proteínas alternativas.
Carne feita em laboratório pode ser até 25 vezes pior para o clima, diz estudo
A possibilidade de consumir carne sem ter que matar ou ferir animais está no horizonte, graças ao desenvolvimento da tecnologia da cultivar carne “em laboratório”, ou seja, a partir de células de origem animal que se reproduzem sozinhas. É um plano atrativo por razões morais, de saúde e ambientais. Mas um novo estudo excluiu as razões ambientais da equação: a carne produzida por cultivo de células pode emitir de quatro até 25 vezes mais gases de carbono por quilograma que aquela obtida do gado de corte.
Evidentemente para quem acredita que é antiético criar e matar animais para comer, o método da produção de carne via cultura de células continua imbatível comparado com a pecuária tradicional, especialmente a intensiva. Contudo, é importante lembrar que o meio de cultura utilizado vem do soro sanguíneo de animais, que ainda não é possível produzir completamente em laboratório.
Os autores concluem que, antes que os biorreatores de produção de carne cultivada sejam elevados à escala industrial, os problemas apresentados devem ser resolvidos com a inovação, por exemplo substituindo a base de soro animal por uma derivada de plantas, superando o problema das endotoxinas e desenvolvendo linhagens celulares mais resilientes. No momento, a “carne de laboratório” que existe é produzida com perda econômica.
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