A Associação dos Produtores Rurais Irlandeses (IFA, na sigla em inglês) pediu à Comissão Europeia que ponha fim à participação da carne bovina brasileira no acordo com o Mercosul depois de o país “falhar continuamente” em atender aos padrões da UE.
A Comissão Europeia publicou o seu mais recente relatório de saúde e segurança que destacou o fato de o Brasil permitir que os funcionários dos frigoríficos realizem inspeções post-mortem para carne bovina exportada para a Europa, que a IFA enfatizou como sendo ilegal na UE.
O relatório também afirmou que, das 53 plantas de carne bovina liberadas para exportação para a UE, os brasileiros têm apenas 187 funcionários veterinários oficiais e 761 funcionários realizando inspeções post-mortem das exportações de carne bovina para a Europa.
O relatório acrescentou que esses funcionários são pagos diretamente pelos frigoríficos, muitos dos quais estavam envolvidos no escândalo de corrupção da Operação Carne Fraca no ano passado.
Angus Woods, presidente nacional da IFA para a pecuária, disse que este relatório dá à Comissão Europeia mais um alerta para retirar imediatamente a carne bovina das negociações do Mercosul.
“O Comissário da UE para Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, não pode permitir que a Comissão continue enterrando suas cabeças na areia e ignore as conclusões de seus veterinários sobre os fracassos do Brasil para atender aos padrões da UE”, disse Woods.
Woods acrescentou que este último relatório do Brasil é um acompanhamento do relatório de 2017, que expôs o fracasso dos controles oficiais sobre a carne bovina pelas autoridades brasileiras.
No ano passado, a Comissão Europeia quis excluir todas as empresas brasileiras envolvidas nos últimos casos de fraude no setor de carnes do Brasil de ter acesso aos mercados europeus.
Fonte: GlobalMeatNews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.