Com essa nova unidade, a Inpasa se aproxima da meta de processar até 12 milhões de toneladas de grãos anualmente, consolidando-se como líder na produção de etanol de milho na América Latina.
A Inpasa, maior produtora de etanol de milho da América Latina, anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhão para a construção de uma usina em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. Este projeto faz parte da expansão da empresa no Brasil e visa fortalecer a produção de biocombustíveis na região do Matopiba, que se destaca como a nova fronteira agrícola do país e, neste cenário, pela sua oferta de grãos como milho e soja.
Em uma publicação nas redes sociais, a empresa destacou o crescimento e desenvolvimento do município nos últimos anos. ˜Compartilhamos aqui alguns registros da solenidade que marcou o início do nosso projeto para instalação da Unidade Inpasa em Luís Eduardo Magalhães (BA), realizada ontem (10) em Salvador”, afirmou a empresa. Essa deverá ser a oitava unidade da Inpasa, a ser instalada em Luís Eduardo Magalhães, importante polo do agronegócio, com oferta abundante de produtos como soja e milho, além de algodão.
Ainda na ocasião, o Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, assinou o decreto que estabelece novos incentivos para a produção de etanol no estado. Na oportunidade, foi assinado um protocolo de intenções entre a Secretaria da Fazenda (Sefaz), Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e a Inpasa, indústria transformadora de grãos em energias limpas e renováveis da América Latina, para a instalação de uma nova planta de biorrefinaria, produtora de etanol anidro e hidratado, farelos com altos teores de proteína para a nutrição animal (DDGS), óleo bruto de milho e geração e exportação de energia elétrica, com previsão de instalação no início de 2026, em Luís Eduardo Magalhães.
“O Estado tem atraído empresas que aliam geração de emprego e renda e desenvolvimento sustentável. A alteração da legislação significa mais investimento em energia limpa”, considerou o chefe do executivo estadual, Jerônimo Rodrigues.
A produção de etanol de milho tem sido crescente no país, devendo atingir cerca de 20% da produção total brasileira na safra atual. O restante é concentrado no produto feito a partir da cana-de-açúcar.
Inpasa vai investir R$1,2 bilhões em usina de etanol de milho na Bahia
A nova unidade terá capacidade de processar 1 milhão de toneladas de milho anualmente, resultando em uma produção de 460 milhões de litros de etanol e 230 mil toneladas de DDGS (subproduto destinado à nutrição animal). A planta também será capaz de gerar energia elétrica a partir do processamento de grãos, com um total de 200 GWh por ano.
A instalação da Inpasa na Bahia vai impactar diretamente na economia do município. “Para viabilizar o empreendimento serão envolvidos cerca de 200 fornecedores diretos e mais de 10 mil cargas transportadas”, garantiu o vice-presidente da empresa no Brasil, Rafael Ranzolin.
A construção desta usina é estratégica, não apenas para o fortalecimento do mercado de etanol de milho, mas também para a economia local, com a previsão de 2,5 mil empregos temporários durante as obras e 450 empregos diretos na operação da planta.
Além disso, o governo baiano, por meio de incentivos fiscais como um crédito presumido de 75%, está apoiando o projeto, com o objetivo de reduzir a dependência do etanol importado de outros estados.
Esse investimento marca a continuidade da estratégia de expansão da Inpasa no Brasil, que já possui três usinas em funcionamento em Mato Grosso do Sul e outras duas em construção no Maranhão e Mato Grosso do Sul. Com essa nova unidade, a empresa se aproxima da meta de processar até 12 milhões de toneladas de grãos anualmente, consolidando-se como líder na produção de etanol de milho na América Latina.
Etanol na Bahia
De acordo com o secretário da fazenda, Manoel Vitório, “ainda será concedido um crédito presumido médio por litro de álcool anidro para a indústria fabricante, evitando aquisições do produto de outros estados com crédito fiscais superiores, medida que irá favorecer a arrecadação da Bahia”.
Atualmente, o estado importa cerca de 80% do que consome de etanol. Com a nova medida, a Bahia vai passar a ser autossuficiente e até exportadora do produto. Foi o que afirmou o diretor-presidente da Empresa Baiana de Ativos S.A (BahiaInveste), Paulo Guimarães. “Considerando que o etanol é um dos combustíveis renováveis mais importantes, existem diversos protocolos de intenções para que tenhamos mais fábricas aqui. Já temos uma em Rosário, dois projetos na região do Luís Eduardo Magalhães e outro em Santa Rita de Cássia, todas no Oeste do estado”.
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