Os fungos e bactérias aumentam produtividade e mantêm o solo vivo, sendo opções sustentáveis na prática agrícola.
A bionutrição está entre as principais inovações adotadas por agricultores brasileiros que visam ao aumento de produtividade e valorizam a sustentabilidade ambiental no campo. Uma destas tecnologias são os inoculantes, que entram na fase do tratamento de sementes, como incremento ao manejo já realizado com fertilizantes. À base de microrganismos, como fungos e bactérias, os inoculantes proporcionam benefícios como maior crescimento e melhor desenvolvimento da cultura, aumento da eficiência na absorção de água e nutrientes, maior tolerância aos estresses hídricos e térmicos, aumento na qualidade biológica e saúde do solo.
Na fase do tratamento de sementes, os microrganismos presentes nos inoculantes, como o Azospirillum brasilense, Bradyrhizobium japonicum e Pseudomonas fluorescens têm modos de ação importantes para impulsionar a produção de forma sustentável. “Não se trata apenas de aumento de produtividade. Com esses produtos, mantemos o solo vivo, colocando nele microrganismos que propiciam o crescimento e vigor das plantas, melhorando a eficiência do manejo realizado pelo agricultor”, explica Eduardo Aires, agrônomo da Mosaic.
Um dos benefícios proporcionados pelo Bradyrhizobium japonicum é o aumento da eficiência do uso de nutrientes, principalmente, o nitrogênio, que a partir da fixação biológica é convertido em amônia para a utilização da cultura da soja. “Esse tipo de microrganismo é usado na agricultura em quase 90% das áreas. Depois que a semente de soja germina, ele coloniza a raiz formando nódulos, capta o nitrogênio da atmosfera e o converte em amônia, que é a fonte de nitrogênio utilizada pela planta. Graças à Pseudomonas fluorescens, o fósforo também é um nutriente que pode ser desprendido do solo e disponibilizado às plantas, pois boa parte do fósforo aplicado como fertilizante pode ficar retido no solo e indisponível”, explica o agrônomo.
Outro benefício é a promoção de crescimento das plantas. “O Azospirillum brasilense ajuda a planta a desenvolver seu sistema radicular e, consequentemente, a parte aérea. Quanto maior o crescimento do sistema radicular, por exemplo, mais a planta consegue capturar nutrientes e água do solo”, diz Eduardo. O déficit hídrico causado pelas mudanças climáticas também pode ser superado pela aplicação de inoculantes com Bacillus licheniformis. “Esses insumos biológicos têm capacidade de tornar as plantas resistentes à falta de água, mais tolerantes ao estresse hídrico. Desenvolvemos e disponibilizamos ao mercado um tipo de inoculante que forma uma espécie de um gel em volta da raiz da planta, mantendo-a hidratada por mais tempo”, explica o agrônomo da Mosaic.
Os agricultores precisam estar atentos às variedades de inoculantes, uma vez que esses produtos são registrados por tipo de cultura, ou seja, não devem ser usados em todo e qualquer cultivo. “Eles são pensados e idealizados especificamente para determinadas culturas. Embora consigam colonizar vários tipos de raízes, os microrganismos têm suas especificidades. A relação precisa ser simbiótica, ou seja, os dois são beneficiados: a planta ganha nutriente, água, sustâncias promotoras de crescimento e, ao mesmo tempo, libera alimento pelo sistema radicular para que o microrganismo presente no inoculante continue vivendo ali”, conclui Eduardo.
A Mosaic disponibiliza aos agricultores produtos de bionutrição focados em soja e/ou milho, na linha Mosaic Biosciences com MBio Stimulus, MBio Hidro, Mbio Phos, Mbio Brad e MBio Azo.
Fonte: Comunicação Mosaic
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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