
Com a chegada de maio, o Brasil entra em uma fase de transição entre o outono e o inverno, marcada por alterações importantes nas condições atmosféricas
De acordo com previsões da Climatempo, o mês será influenciado por um cenário de neutralidade no Oceano Pacífico Equatorial — ou seja, sem a atuação dos fenômenos El Niño ou La Niña. Isso tende a favorecer um comportamento climático mais próximo das médias históricas, mas ainda sujeito a extremos pontuais.
Frentes frias e calor intenso convivem em diferentes partes do país, desenhando um panorama complexo que exige atenção tanto para eventos de tempo severo quanto para variações bruscas de temperatura. Veja a seguir um panorama detalhado das previsões por região:
Sul: frio mais presente, com chance de geada
O avanço de massas de ar polar será mais expressivo no Sul do Brasil. Paraná e Santa Catarina devem enfrentar mais dias frios em comparação ao ano passado, embora intercalados com períodos mais quentes trazidos por correntes de ar vindas do interior do continente. Essa alternância deve provocar instabilidades e favorecer chuvas intensas, especialmente no Rio Grande do Sul e no sudoeste paranaense. Geadas estão previstas para áreas como a Campanha Gaúcha, Serra Geral e o centro-sul do Paraná. Em alguns momentos, o frio poderá chegar com força, provocando quedas bruscas de temperatura.
Sudeste: calor pontual e mais noites frias
Nas áreas internas do Sudeste, o calor ainda marca presença, principalmente no noroeste mineiro, Triângulo Mineiro e regiões mais secas de São Paulo. No entanto, esse aquecimento tende a durar menos do que em 2024. Frentes frias vindas do Sul devem provocar mudanças rápidas no tempo, especialmente no litoral paulista e fluminense. À medida que o mês avança, as noites se tornam mais frias, especialmente em Minas Gerais e no interior do Rio de Janeiro. É esperado também um aumento nas chuvas na faixa litorânea entre São Paulo e Rio.
Centro-Oeste: calor predominante e umidade em queda
Maio promete ser quente na maior parte do Centro-Oeste, com destaque para o norte de Mato Grosso e Goiás. No entanto, áreas próximas à Bolívia e Paraguai devem sentir maior oscilação de temperatura, o que pode proporcionar dias frios esporádicos em cidades como Cuiabá e Campo Grande. O tempo seco se intensifica, sobretudo no Distrito Federal e em Goiás, com a umidade relativa do ar em queda. Chuvas isoladas ainda podem ocorrer nos primeiros dias do mês, especialmente no norte de Goiás.
Nordeste: chuvas no litoral e calor persistente no interior
O litoral do Nordeste terá um aumento gradual nas chuvas, com destaque para capitais como Salvador e Maceió, onde há risco de episódios de precipitação intensa. Apesar disso, entre Natal e Recife, os volumes devem ficar abaixo da média. Nas áreas do interior, o cenário é de tempo mais seco e grandes variações de temperatura ao longo do dia. Em termos de calor, o mês será quente, com temperaturas elevadas tanto no litoral entre Salvador e Recife quanto nas regiões mais áridas da Bahia, Piauí e Pernambuco.
Norte: chuvas irregulares e calor ainda presente
A Região Norte deve experimentar um padrão de chuvas menos uniforme. Enquanto áreas como o sul do Amazonas, Rondônia e Acre terão precipitações acima da média, o norte do Pará, Amazonas e Roraima podem registrar volumes mais dispersos. No Tocantins, há previsão de pancadas isoladas no início do mês. A segunda metade de maio tende a ser mais seca no centro-sul da Amazônia. Ainda que as temperaturas sigam elevadas, a expectativa é de que fiquem um pouco abaixo dos níveis registrados em 2024. Também estão previstas até três ondas de frio atingindo o Acre, Rondônia e partes do Amazonas.
Um mês de transição com contrastes climáticos
Maio de 2025 promete ser um mês de contrastes. A neutralidade no Pacífico favorece um comportamento climático típico da mudança de estação, mas isso não elimina a possibilidade de eventos extremos. A população deve estar atenta tanto ao avanço do frio, com risco de geadas e noites geladas, quanto a episódios de calor fora de época, especialmente em áreas do interior. Também é essencial acompanhar alertas para chuvas volumosas nas regiões costeiras e oscilações de umidade que afetam a saúde e o campo.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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