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O resultado, entretanto, ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,7%, mesmo com quatro meses seguidos de ganhos.
A produção industrial do Brasil seguiu apresentando crescimento moderado na metade do segundo trimestre, abaixo do esperado e sem recuperar as perdas do início do ano, ainda tentando pisar no acelerador em meio à inflação elevada e problemas persistentes de oferta.
A produção da indústria teve em maio avanço de 0,3% em relação ao mês anterior, no quarto resultado positivo seguido, acumulando no período alta de 1,8%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
O resultado, entretanto, ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,7%, e mesmo com quatro meses seguidos de ganhos o setor ainda não eliminou o recuo de 1,9% registrado em janeiro.
Na comparação com maio do ano passado, houve ganho de 0,5% da produção do país, também bem abaixo da expectativa de um aumento de 1,1%.
A indústria brasileira vem apresentando seguidos resultados positivos, porém a taxas moderadas que evidenciam a dificuldade de superar obstáculos como a inflação e juros altos no país, bem como problemas persistentes nas cadeias de oferta em meio à guerra na Ucrânia.
Além disso, os custos seguem elevados, e o setor está 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.
“Ainda permanecem a restrição de acesso das empresas a insumos e componentes para a produção do bem final e o encarecimento dos custos de produção. Várias plantas industriais prosseguem realizando paralisações, reduções de jornadas de trabalho e concedendo férias coletivas, com a indústria automobilística exemplificando bem essa situação nos últimos meses”, explicou a André Macedo, gerente da pesquisa industrial mensal do IBGE.
Segundo ele, o sinal positivo vem se mantendo graças às medidas de incremento da renda implementada pelo governo, além da evolução do mercado de trabalho com redução da taxa de desemprego.
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O mês de maio apontou resultado positivo em três das quatro grandes categorias econômicas, registrando o maior salto em Bens de Capital, de 7,4%.
Bens de Consumo Duráveis apontaram aumento de 3,0% na produção, enquanto os Bens de Consumo Semi e não duráveis tiveram alta de 0,8%. O resultado negativo veio de Bens Intermediários, cuja fabricação recuou 1,3% na comparação com abril.
Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de máquinas e equipamentos (7,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,7%), após recuos em abril.