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Rodrigo Noro conta que diante das perda milionária, já decidiu junto ao seu pai o que fazer de agora em diante, ‘vamos desistir da atividade’.
Um incêndio causou um estrago de quase R$ 1 milhão à um produtor de milho morador do município de Ipiranga do Norte, em Mato Grosso, nesta última sexta-feira, 19.
Rodrigo Noro conta que estava trabalhando na máquina colheitadeira, junto ao seu filho, quando as mangueiras pegaram fogo e logo as chamas se alastraram, tomando conta dos pneus e do tanque de combustível. “Só consegui pegar meu filho e sai correndo de perto da máquina. Quando olhei para trás, vi as labaredas de fogo engolirem de forma voraz toda a colheitadeira, um cena triste”, lamentou Rodrigo Noro.
Incêndio causa prejuízo de R$ 1 milhão e produtor desabafa ‘vou abandonar a atividade’
Ainda no início da colheita na propriedade de 350 hectares, o produtor conta que faltava apenas uma prestação para quitar o maquinário. “Agora tenho um prejuízo de R$ 700 mil para arcar. Já falei com o meu pai, vamos abandonar a atividade”.
De acordo com Noro, a suspeita é que um curto circuito aliado a alta temperatura na lavoura pode ter contribuído para a rápida propagação do fogo.
“Foi o primeiro ano que a gente iniciou colheita perto do almoço, mas sempre tomamos muito cuidado. Fazemos a limpeza necessária da máquina antes de sair para colheita, como de costume, caminhão tanque [água], sempre acompanhando, mas acabou sendo uma grande fatalidade, um acidente que dessa vez, foi rápido demais e não deu tempo de evitar a tragédia”, disse ele.
Veja imagens do prejuízo de mais de R$ 1 milhão:
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Além do prejuízo com a máquina que não tinha seguro, cerca de de 500 sacos de milho em uma área de 2 hectares também queimaram no local.
“Em 2014 a gente já amargou um prejuízo com a seca na safra de soja, perdemos na época 30 mil sacos, dívidas que vieram sendo pagas até hoje. Esta máquina é financiada, só faltava uma prestação de R$ 87 mil para quitar ela. Ainda falta 290 hectares dos 350 cultivados para colher, vamos ter que alugar máquinas para colheita ou seja, safra que já entra no vermelho, com prejuízo e sem rentabilidade”, lamenta Noro.