A Rússia e a Ucrânia respondem conjuntamente por mais de 30% do comércio mundial de trigo e cevada, 17% do milho e mais de 50% do óleo de girassol
A Europa não tem grãos suficientes para alimentar os animais mantidos em granjas e fazendas. E como a guerra na Ucrânia tende a aumentar, não há nenhum fornecedor substituto a ser encontrado em pouco tempo.
A invasão da Ucrânia pela Rússia terá sérios efeitos indiretos que podem ser “dolorosos” para os criadores da Europa e para todo o sistema alimentar europeu, alertou um alto funcionário da UE no Parlamento Europeu nesta semana.
“As consequências desta agressão russa terão um grande impacto em nosso setor agroalimentar e isso será doloroso. Mas temos que sofrer essa dor. Não há movimentos de navios dentro ou fora dos portos ucranianos no Mar Negro. Além disso, , a expectativa é a de que essa situação não mude pela razão muito óbvia de que há uma guerra em andamento”, disse Michael Scannell, representante do departamento de agricultura da Comissão.
A Rússia e a Ucrânia respondem conjuntamente por mais de 30% do comércio mundial de trigo e cevada, 17% do milho e mais de 50% do óleo de girassol, sementes e matérias-primas para alimentação animal. Todas as exportações da Ucrânia pararam devido à guerra, enquanto a Rússia é atingida por sanções internacionais, principalmente vindas da UE, EUA e de outros estados membros ou aliados da OTAN.
A esta altura, eurodeputados alemães começam a questionar se o sistema agrícola da UE é realmente sustentável neste novo contexto geopolítico:
“Podemos nos dar ao luxo de destinar 70% dos nossos cereais para a alimentação de porcos e aves? Temos que pensar em construir um sistema agrícola sustentável”, afirma o eurodeputado verde alemão Martin Hausling.
Fonte: Euromeatnews