Associação que representa empresas que operam com terminais retroportuários argumenta que tem havido atos de intimidação.
A greve dos caminhoneiros inciada na última segunda-feira (1/11) tem impedido a circulação de cargas e contêineres nos terminais retroportuários de Santos, por onde passa um terço das exportações brasileiras. É o que afirma, em nota, nesta quarta-feira (3/11), a Asssociação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC). Segundo a entidade, manifestantes têm intimidado motoristas que não aderiram ao movimento.
“As atividades nos terminais retroportuários, sejam eles Terminais de Armazenagem e Reparo de Contêineres Vazios ou Recintos Especiais para o Despacho Aduaneiro de Exportação – REDEX, seguem impedidas de atuar devido a manifestação”, informa a entidade.
“Há inúmeros relatos de nossos associados informando danos aos veículos que tentam desempenhar as suas atividades, forçando as empresas a evitarem colocar seus veículos em operação, prejudicando ainda mais o escoamento das mercadorias de exportação”, informa a nota.
A entidade, que congrega as empresas que atuam no transporte, manuseio, armazenagem, reparo de contêineres e movimentação de mercadorias, afirma que já solicitou ao Ministério da Infraestrutura, à Autoridade Portuária de Santos e às polícias Federal e Militar do Estado de São Paulo, apoio para retomar as operações no porto de Santos “evitando prejuízos a toda cadeia logística do Comércio Exterior Brasileiro”.
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“Embora reconheçamos a legitimidade das reivindicações da categoria, é primordial que estes atos não gerem prejuízos às empresas que necessitem manter as suas atividades em funcionamento. O Porto de Santos não merece ter a sua imagem maculada por movimentos extremos e desnecessários como os que estão ocorrendo com os transportadores autônomos de contêineres”, aponta a ABTTC em nota.
A ação dos grevistas ocorre num momento em que a oferta de contêineres no mercado de exportação econtra-se historicamente reduzida após a paralisação de portos importantes na Europa, Ásia e EUA devido aos protocolos de controle da Covid-19. No Brasil, a escassez tem afetado as exportações de café, frutas e carnes, produtos que dependem desse tipo de estrutura para serem enviados ao mercado internacional.
Fonte: Globo Rural