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Segundo as informações divulgadas pela ABCZ, governo criou a isenção do tributo sobre o comércio de gado, beneficiando o setor pecuário!
Depois de 264 dias de espera, enfim, foi anunciada a isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide na venda de sêmen bovino ou sobre o comércio de animais puros de origem. A medida passa a valer no dia 1º de janeiro de 2022.
A grande novidade foi anunciada na manhã dessa quinta-feira, 23 de setembro, a um grupo de representantes de empresas de genética bovina e de entidades do setor, entre elas, a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ).
O governo do estado de São Paulo, nesta quinta-feira (23), decidiu zerar a cobrança de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), na operação de venda de bovinos com registro genealógico e material genético dentro do estado. As informações são da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).
O comércio de gado PO tem crescido no país, principalmente com a nova demanda por animais precoces e a busca pelo melhoramento genético do rebanho brasileiro. A medida poderia ser utilizada também por outros estados, ajudando no avanço da pecuária de corte brasileira.
A cobrança foi implementada neste ano e a isenção entrará em vigor a partir de 01º de janeiro de 2022.
A medida de isenção foi anunciada pelo governo paulista após reunião nesta quinta-feira, no Palácio Bandeirantes, com representantes do setor produtivo e empresas de genética bovina. A isenção do imposto é uma vitória de entidades do agronegócio que reivindicam, desde o início do ano, a retirada da cobrança.
“Isso é uma conquista importante porque coloca São Paulo novamente no mesmo status de outros Estados trazendo igualdade para os pecuaristas”, disse Rivaldo Machado Borges Júnior, presidente da ABCZ, ao Portal DBO.
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Resquício do ‘tratoraço’
A volta da isenção de ICMS ao setor de genética animal estava entre as reivindicações do setor agropecuário paulista no “Tratoraço”, quando o governo estadual aprovou um pacote tributário para o início deste ano, tirando benefícios fiscais e aumentando a carga tributária em diversas atividades, da fazenda à agroindústria, recaindo até no consumidor.
Aos poucos, o governo foi cedendo à pressão dos produtores e culminando na decisão de também voltar com a ICMS às operações de comércio de genética de bovinos.
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No próximo ano acaba a alíquota média de 2% para cada transação e um risco perigoso para o País, segundo o pecuarista e criador paulista Carlos Viacava, dono da marca Nelore CV e com propriedades em Paulínia, Presidente Venceslau e Presidente Epitácio.
“Isso era muito ruim, não só pela cobrança da alíquota, mas porque abria caminhos para os outros Estados fazerem a mesma coisa. Quem sabe se, mais para frente isso acabasse com a redução na base de cálculo, levando a taxas mais altas como 10% ou 14%. Então estava aberta uma porteira perigosa”, diz Viacava.
Compre Rural com informações da SBZ e Portal DBO