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BrasilAgro, uma das maiores empresas do agronegócio brasileiro, avança com plantio de soja em sua maior fazenda no estado do Mato Grosso, colaborando para que a empresa alcance sua meta de produzir, ao todo, 248,47 mil toneladas de soja na safra 2023/24
A BrasilAgro, uma das gigantes do agro brasileiro, conseguiu avançar no plantio em sua mais importante área de soja em Mato Grosso, onde faz a segunda safra de algodão de sequeiro, aproveitando momentos de chuvas que estão escassas no principal Estado produtor brasileiro, enquanto vê um certo atraso em outras áreas. A expectativa, segundo a empresa, a meta é produzir, ao todo, 248,47 mil toneladas de soja na safra 2023/24.
Segundo executivos da companhia especializada na compra e venda de propriedades rurais e na produção agrícola, a importante fazenda Jataí, em São Félix do Araguaia (nordeste do Estado), está com o plantio mais adiantado, perto de 90% do planejado, enquanto outras propriedades em São José do Xingu e Querência (nordeste e leste do Estado) não tiveram o mesmo desenvolvimento.
A empresa ainda planta soja em Comodoro (mais perto da fronteira com Rondônia), onde choveu menos, e em Alto Taquari (Sudeste mato-grossense), com o plantio mais avançado por ter recebido mais umidade.
Tais disparidades evidenciam a irregularidade das chuvas na safra 2023/24 que tem tirado o sono dos produtores de Mato Grosso, maior produtor de grãos e oleaginosas do Brasil, onde o clima “está diferente” em um Estado que em geral recebe precipitações mais espalhadas e volumosas já nesta época.
“Essa fazenda Jataí evoluímos muito bem o plantio… está perto de terminar, mas as outras áreas, tanto Querência, São José do Xingu, Comodoro, o plantio evoluiu, mas não no ritmo da Jataí”, disse o diretor de Operações da BrasilAgro, Wender Vinhadelli, à Reuters.
A companhia planta cerca de 30 mil hectares de soja em Mato Grosso, enquanto a Jataí responde por um total de 12,69 mil hectares.
Pelas projeções da companhia, a fazenda Jataí deve atingir, em média, 62 sacas por hectare nesta safra, colaborando para que a empresa alcance sua meta de produzir, ao todo, 248,47 mil toneladas de soja na safra 2023/24, o que seria um aumento de 21% ante a temporada anterior, com um crescimento de 14% na área plantada.
O executivo disse que, de fato, as previsões para a primeira quinzena de novembro em Mato Grosso “assustam um pouco para algumas regiões”, indicando que as precipitações seguirão pouco uniformes no Estado.
“Temos visto chuva de manga, está um clima diferente este ano, e de fato algumas regiões estão com plantio um pouco atrasado”, disse ele, comentando que as áreas plantadas mais cedo estão “sofrendo um pouco de estresse hídrico”.
Ele disse que alguns produtores terão de fazer replantio de soja pela germinação prejudicada pelo calor e chuvas irregulares, mas ressaltou que este não é o caso da BrasilAgro, que está mantendo suas metas divulgadas anteriormente.
“Todas as previsões indicam chuvas um pouco abaixo da normalidade nestes primeiros 15 dias de novembro”, disse.
Com o plantio adiantado na fazenda em São Félix do Araguaia, Vinhadelli disse que a segunda safra de algodão da BrasilAgro por ali tem “expectativa melhor do que no ano passado”. “Vamos iniciar a colheita de soja em 2 de janeiro e expectativa é ter algodão na melhor janela”, comentou.
No caso do milho segunda safra, o executivo disse que a irregularidade climática pode colaborar para uma redução na área plantada, já que o mercado do cereal também não está tão bom quanto no ano passado.
“A partir de agora, cada dia de atrasa pode ser que afete alguma coisa, porque começa a fugir um pouco da janela ótima. Este ano, plantio de milho, só em janela ótima. A nível de Estado de Mato Grosso, temos visto uma diminuição de intenção de plantio, difícil falar em percentual agora”, disse.
“Já teria redução em função do preço, com este atraso, provavelmente vai ter um impacto um pouco maior.”
Diversificação
Além de Mato Grosso, a companhia tem lavouras na Bahia, Maranhão, Piauí, Goiás, Bolívia e Paraguai, trabalhando também com feijão, cana e pecuária, além de soja, algodão e milho.
“A gente largou o plantio no Maranhão, na última sexta-feira, com umidade, choveu por lá. Bahia e Piauí ainda não tivemos chuvas… ainda estamos estudando se larga alguma coisa agora no pó, porque lá, diferentemente de Mato Grosso, as previsões indicam que na primeira quinzena de novembro a gente vai ter chuvas boas”, disse.
Ele lembrou que nas áreas do Matopiba o plantio normalmente acontece durante novembro.
A empresa também tem apostado na operação do Paraguai, com grãos, algodão e pecuária, em torno de 20 mil hectares “Destes, 2 mil hectares vamos com algodão, é uma região interessante o Chaco paraguaio, tem fertilidade natural muito alta, o que reduz custos com calcário e adubos, o plantio está crescendo vertiginosamente por lá”, comentou.
Com informações da Reuters
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