Garrotes 1/2 sangue Charolês atingem 20@ aos 15 meses de idade

A raça Charolês é frequentemente usada em cruzamentos com outras raças bovinas para trazer precocidade e melhorarias na qualidade da carne; Esse é o caso da Fazenda Uberaba, que vem abatendo garrotes 1/2 sangue Charolês aos 15 meses de idade com 20@

A pecuária de corte brasileira passou por uma explosão nos últimos anos, com o volume de animais terminados em sistema de confinamento crescendo cerca de 48% nos últimos cinco anos, segundo dados da DSM firmenich. O abate precoce de bovinos com idades de 12 a 24 meses também segue aumentando ao longo dos últimos anos, cerca de 30%. O número reflete a mudança de mercado, que tem dado preferência ao abate de animais mais jovens para atender a demanda cada vez maior do mercado externo. Esse é o caso da Fazenda Uberaba, que vem abatendo garrotes 1/2 sangue Charolês aos 15 meses de idade com 20@.

Na verdade, o que vem fazendo a Fazenda Uberaba, localizada em Alto Paraíso (PR), é uma amostra do que está acontecendo na pecuária intensiva em todo o Brasil. É possível registrar em vários estados uma onda de pecuaristas intensificando sua produção e levando o boi gordo mais cedo pro gancho. Essa onda de animais precoces surgiu no país a partir da utilização de raças europeias, principalmente nos chamados cruzamentos industriais, como é o caso da fazenda que utiliza a raça Charolês.

A Fazenda Uberaba vem apresentando resultados de “tirar o chapéu” com a utilização de técnicas sustentáveis na produção. A propriedade que está localizada em um dos estados de grande destaque no setor agropecuário utiliza estratégias de sequestro de bezerros, engorda e terminação em sistema intensivo [confinamento] e utilização do cruzamento entre animais Nelore e Charolês.

Os bovinos da raça Charolês demonstram capacidade de rápido crescimento, ganhos de confinamento eficientes e valores altos de corte de carcaça. Animais são frequentemente utilizados em cruzamentos com outras raças bovinas, como o Nelore e o Brahman, para melhorar a qualidade da carne e a eficiência de produção. Os resultados desses cruzamentos incluem animais com maior marmoreio, adaptabilidade e rendimento de carcaça.

Uma das contribuições mais notáveis ​​do Charolês é uma produção de carne de alta qualidade.

Um exemplo claro disso são as fotos abaixo, uma garrotada pesada 1/2 sangue Nelore e Charolês da Fazenda Uberaba, os animais estavam com média de 15 meses de idade pesando 20@. A propriedade é referência em sustentabilidade, manejo e tecnologia.

Segundo João Pedro Dias Nogueira da Cruz, da Fazenda Uberaba, os animais foram abatidos com média de 20@, com um ganho médio diário (GMD) de 1,520 kg. “Estes animais ficaram 90 dias no sequestro de bezerro onde a dieta é travada em 3 kg de ração RT-13 BoviMais e silagem de mombaça. Logo após esse período os animais são enviados para a engorda, onde a proporção da dieta total é de 50% ração RT-13 BoviMais, 40% silagem de mombaça e 10% água, aumentos e diminuições da dieta total são feitos todos os dias de acordo com a leitura de cocho dos tratadores“.

garrotes 1/2 sangue Charolês
Foto: Joao Pedro Dias Nogueira da Cruz / Fazenda Uberaba

É possível ver (confira a foto abaixo) a qualidade da carcaça que é produzida pelos animais 1/2 sangue Charolês. Os animais do lote entraram na categoria de animais “padrão China”, já que no estado não possuem unidades que bonificam por outras premiações.

garrotes 1/2 sangue Charolês
Foto: Joao Pedro Dias Nogueira da Cruz / Fazenda Uberaba

Tecnologia cada vez mais presente de pecuária de corte do Brasil, o cruzamento industrial traz várias vantagens pra quem deseja intensificar sua fazenda, este exemplo acima é só mais de um de milhares que temos nos quatro cantos desse imenso país.

A agropecuária brasileira está vivenciando um período notável, marcado por um dinamismo constante e vigoroso no aprimoramento genético, na aplicação de novas tecnologias, e sobretudo na intensificação de suas práticas. Atualmente, os criadores de gado não têm mais a opção de aguardar quatro a cinco anos para vender os animais ao mercado frigorífico.

Existe um esforço evidente e urgente em busca de antecipar a maturidade do gado. Portanto, a agropecuária está evoluindo em direção a maior produtividade e sustentabilidade, mantendo como principal meta a contribuição para a alimentação global.

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