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A semana teve um início característico, com frigoríficos fora das compras e pressionando negativamente os preços da arroba, até onde vai a queda? Confira!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de mais baixos a estáveis na maioria das regiões de produção e comercialização do boi gordo nesta segunda-feira, 30. Não há dúvidas, a tendência é que os frigoríficos mantenham a pressão de baixa no curto prazo, em linha com a posição de grande conforto em suas escalas de abate.
O cenário de pressão baixista nos preços da arroba bovina deve seguir até o mês de setembro, já que as indústrias ainda seguem com as escalas de abate confortáveis, posicionadas acima de sete dias úteis em alguns casos, e com o escoamento da carne lento no mercado físico.
Com programações de abate confortáveis, atendendo, em média, nove dias, o mercado paulista iniciou a semana com preços estáveis e os frigoríficos com ordem de compra derrubando os preços da arroba. O boi, vaca e novilha gordos estão sendo negociados, respectivamente, em R$312,00/@, R$292,00/@ e R$307,00/@, preços brutos e a prazo.
O destaque para o mercado é quanto aos animais que atendem ao mercado externo, esses estão sendo negociados com um ágio de até R$5,00/@. Em alguns casos, a depender do lote e proximidade da indústria, o mercado paga um pouco mais.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 310,60/@, na segunda-feira (30/08), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 303,98/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 310,36/@.
Na contramão do mercado, o Indicador do Cepea apresentou grande valorização e os valores saltaram de R$ 312,45/@ para o patamar de R$ 317,30/@, uma alta de R$ 6,57/@. Esses valores trazem a compensação da desvalorização dos preços que era observada ao longo do mês de agosto.
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Desvalorização nos preços
Grande parte das indústrias frigoríficas está aguardando os primeiros movimentos do mercado para se posicionar nas compras. Portanto, atenção à virada do mês e ao feriado do dia 7/9, que podem influir no consumo interno de carne.
A entrada de animais oriundos dos confinamento próprios e das utilizações dos bois a termo, tem deixado as indústrias mais confortáveis no atual momento. Sendo assim, o alongamento das escalas de abate pelo país, irá comprometer a pressão de alta esperada para o início de setembro!
Esperança no mercado interno e exportação
De modo que se houver alguma alta do animal esta semana – em combinação com a entrada dos salários a partir de quarta (1º) e com o feriadão de 7 de setembro, sob expectativa da demanda para churrascos -, as indústrias estão mais folgadas.
Com o piso mais baixo, o teto de valorização também ficará mais limitado, mesmo porque pouca coisa acima da média se espera do consumo.
A situação só não está pior, em plena entressafra de pico antecipado pelas seca e geadas, porque houve uma melhora das exportações nos primeiros dias de agosto. Embora, precisamos destacar que 70% da nossa produção fica no mercado interno e é o que predomina na formação de preços da arroba.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 311 na modalidade à prazo, ante R$ 311 na sexta-feira.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 298, ante R$ 299 a R$ 300.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311 a R$ 312, ante R$ 312.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303, contra R$ 304.
- Em Uberaba (MG), preços a R$ 309 a arroba, estáveis.
Atacado
A carne bovina voltou a apresentar preços mais baixos no mercado
atacadista. Conforme Iglesias, a lenta reposição entre atacado e varejo no
período que antecede a virada de mês justifica a queda das indicações.
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“A expectativa é que seja evidenciada alguma reação dos preços com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. Mesmo com uma maior propensão a reajustes da carne bovina no atacado é pouco possível que haja espaço para retomada de alta do boi gordo, considerando a posição bastante confortável das escalas de abate”, disse Iglesias.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,50, por quilo, queda de R$ 0,40. Ponta de agulha também foi precificada a R$ 16,50, por quilo, queda de R$ 0,40. Quarto traseiro segue precificado a R$ 21,25, por quilo.