“Estamos desenvolvendo um biofiltro contendo microrganismos programados biologicamente”, afirma grupo da UFRGS.
Um grupo de estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está desenvolvendo um filtro que promete ser capaz de degradar os resíduos do herbicida glifosato que acabam sendo levados pela chuva para rios e lagos. Os pesquisadores explicam que esses resíduos podem contaminar os fluxos de água, matando alguns peixes e plantas aquáticas.
De acordo com os estudantes, eles irão inscrever o projeto no iGEM, uma competição internacional de máquinas geneticamente modificadas, que será realizado em Boston, nos Estados Unidos. Eles explicam também que foram motivados pela responsabilidade ambiental que se deve ter quando fizer o uso de agroquímicos.
“Todos sabem a responsabilidade ambiental que os agrotóxicos nos trazem, não é mesmo? Nossa equipe quer degradar o glifosato de rios e lagos, um químico muito presente nos agrotóxicos usados no Brasil. Estamos desenvolvendo um biofiltro contendo microrganismos programados biologicamente para reconhecer o glifosato e usá-lo como nutriente, quebrando-o em partículas menores que são inofensivas às nossas águas!”, escreveram em um site de contribuição espontânea na internet, visando arrecadar fundos para a viagem.
O mecanismo funciona de forma com que algumas bactérias são reprogramadas geneticamente e depois são colocadas dentro de um compartimento do filtro. A partir disso, o filtro será depositado em rios e lagos, onde as as bactérias conseguirão degradar os resíduos do glifosato.
“Há uma competição internacional, chamada iGEM, que estimula alunos do mundo todo a desenvolverem soluções para problemas atuais usando a biologia sintética. Além de motivar estudantes de ensino médio, graduação e pós-graduação nesse quesito, a iGEM também financia os projetos”, concluem.
Fonte: Agrolink