O crescimento das exportações de ovos também refletiu na receita, que avançou 63,2%, totalizando US$ 4,936 milhões em fevereiro, frente aos US$ 3,024 milhões registrados no mesmo período de 2024.
As exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos in natura e processados, registraram um aumento de 57,5% em fevereiro de 2025, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No período, o Brasil embarcou 2.527 toneladas, contra 1.604 toneladas no mesmo mês do ano passado.
O crescimento das exportações também refletiu na receita, que avançou 63,2%, totalizando US$ 4,936 milhões em fevereiro, frente aos US$ 3,024 milhões registrados no mesmo período de 2024.
EUA impulsionam crescimento das exportações de ovos
Um dos destaques do relatório da ABPA foi o forte aumento das exportações para os Estados Unidos, que adquiriram 503 toneladas de ovos do Brasil em fevereiro, um salto de 93,4% em comparação com o ano anterior. O avanço acontece em meio à escalada dos preços dos ovos no mercado norte-americano, impulsionada por desafios na produção local, como surtos de gripe aviária e custos elevados de insumos.
Além dos EUA, outros mercados também registraram variações significativas:
- Emirados Árabes Unidos: 548 toneladas, queda de 2,6%;
- Chile: 299 toneladas, redução de 8,9%;
- México: 252 toneladas, mercado recentemente aberto para o Brasil;
- Japão: 215 toneladas, crescimento expressivo de 111,3%;
- Angola: 203 toneladas, retomando as compras de ovos brasileiros.
No acumulado do primeiro bimestre, o Brasil exportou 4.884 toneladas, avanço de 38,2% em relação ao mesmo período de 2024. Em receita, o crescimento foi de 41,8%, chegando a US$ 9,122 milhões.
A valorização do ovo no mercado global e no Brasil
A alta na exportação de ovos reflete a demanda crescente do mercado internacional, impulsionada por fatores como o encarecimento da produção em alguns países e a busca por fornecedores confiáveis. Nos Estados Unidos, por exemplo, o preço médio da dúzia de ovos tem apresentado oscilações, sendo impactado pelo aumento dos custos com ração e logística, além das perdas causadas por surtos sanitários.
No Brasil, o preço dos ovos também tem acompanhado uma tendência de valorização, embora de forma mais controlada. A combinação de demanda externa aquecida, custo dos insumos e crescimento do consumo interno tem mantido os preços firmes no mercado nacional.
Brasil se consolida como fornecedor confiável
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, destaca que, apesar de as exportações ainda representarem menos de 1% do total da produção brasileira, o crescimento do volume exportado demonstra a confiança internacional no setor avícola brasileiro.
“Os embarques de ovos seguem em ritmo ascendente, especialmente pela demanda de mercados como Estados Unidos, Japão e México. Seja pela qualidade dos produtos ou pelo status sanitário da nossa avicultura, o Brasil vem se consolidando como um fornecedor estratégico para diversos países”, afirmou Santin.
Com a alta na demanda global e a competitividade do setor avícola brasileiro, a tendência é que as exportações de ovos sigam crescendo nos próximos meses, reforçando o protagonismo do Brasil no mercado internacional.
