
Segundo dados do Ministério da Indústria, em outubro, número de animais embarcados foi 63,2% maior do que no ano passado.
Os embarques de gado vivo do Brasil seguem em alta. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em outubro, o Brasil exportou 57.900 cabeças, com faturamento total de US$ 42,19 milhões.
Em relação a setembro a alta foi de 195,4%. Já em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 63,2%. No acumulado de 2017, foram exportadas 306.500 cabeças, alta de 35,3% em relação a 2016.
Entre os países importadores estão: Líbano, Egito, Turquia e Iraque, sendo que a Turquia é hoje o principal comprador do Brasil. Em outubro, 42,8% do total embarcado, foi exportado para o país.
Desde 2005, a exportação de gado vivo do Brasil vem aumentando gradualmente. Considerando o valor em dólar obtido com as vendas externas de boi vivo entre 2004 e 2012, tem-se aumentado superior a 8.000%, com variação anual negativa, de 32%, apenas em 2011.
VANTAGEM E DESVANTAGENS:
Dentre os fatores positivos da exportação de boi vivo, destacam-se: a abertura de novos canais para escoar o produto que, regionalmente, excede a demanda interna; e consequente sustentação dos valores de negócio, resultando em benefícios para o setor pecuário regional.
Os aspectos vistos como negativos, por sua vez, englobam impactos diretos e indiretos na economia brasileira. Além das questões ligadas à imagem do País como exportador – por conta das condições precárias de transporte em que os animais são submetidos – e à exportação de genética sem ganhos, também são mencionadas as perdas de agregação de valor ao produto, de impostos e de empregos, que podem influenciar diferentes cadeias produtivas.
As discussões sobre a real viabilidade econômica das exportações de bois vivos brasileiros são amplas e importantes.
Num primeiro momento, a prática parece beneficiar apenas um pequeno grupo de produtores regionais e, por isso, acaba não sendo bem recebida no âmbito mais amplo da economia nacional.
Fonte: Scot Consultoria