Os embarques de milho para o exterior podem chegar a 31 milhões de toneladas, valores abaixo do alcançado em 2018.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projeta a exportação de soja do Brasil em 2019 em 73 milhões de toneladas. Já os embarques de milho para o exterior podem chegar a 31 milhões de toneladas. As estimativas, porém, podem ser revisadas para baixo, pois consideram as condições climáticas verificadas até meados de dezembro, quando a previsão era de uma “safra excelente”.
“Hoje, sabemos que teremos uma safra com viés de baixa em relação à do ano passado. Dados indicam que deveremos ter perdas resultantes de calor excessivo no oeste do Paraná, sul do Mato Grosso do Sul e em alguns pontos do Centro-Oeste”, afirmou o diretor geral da Anec, Sergio Mendes, em nota.
“Nossas previsões de exportação de grãos poderão sofrer alterações decorrentes do clima.”
Segundo Mendes, o fator preponderante para o crescimento das vendas de soja brasileira ao mercado chinês em 2018 foi a guerra comercial entre China e Estados Unidos. Conforme a Anec, 97% dos embarques de soja em novembro do ano passado tiveram como destino a China. Mendes disse ainda que, embora o Brasil tenha sido beneficiado pela disputa entre os dois países, esse cenário gera imprevisibilidade para o setor, “que já lida com diversas outras variáveis, como o clima, oscilações do real com relação ao dólar e questões logísticas”.
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A Anec disse também que o novo governo sinaliza iniciativas que geram “otimismo e confiança” para o segmento. Segundo Mendes, investimentos em infraestrutura e ampliação dos modais de transportes são determinantes para o aumento da competitividade do País, entre eles a conclusão das obras da BR-163, a construção da Ferrogrão e a ampliação de rotas hidroviárias.
“Uma grande preocupação está relacionada ao tabelamento de frete, uma vez que agrava em muito a desvantagem logística em relação aos principais concorrentes do país, Argentina e Estados Unidos”, disse a associação na nota. A Anec apontou também preocupação com atrasos na emissão de Certificados Fitossanitários no Porto de Santos. A associação está realizando um estudo sobre o assunto, que deverá ser entregue às autoridades.
POR ESTADÃO CONTEÚDO