
Expiração de registros nos EUA redesenha mercado de carne bovina, mas Brasil fica fora da redistribuição.
A recente expiração dos registros de exportação de mais de mil unidades processadoras e abatedoras dos Estados Unidos, que anteriormente exportavam carne bovina para a China, está provocando uma reconfiguração no mercado global de carnes. A análise é de Lygia Pimentel, da Agrifatto, que explica como essa mudança pode afetar os principais players do setor.
Segundo Pimentel, os Estados Unidos detinham cerca de 5% das importações totais de carne da China, mas com a perda da habilitação, essa fatia precisará ser redistribuída entre outros fornecedores. Nos últimos dias, houve especulações de que o Brasil poderia se beneficiar dessa oportunidade, porém a especialista esclarece que essa substituição não deve ocorrer.
“A carne que os Estados Unidos exportavam para a China era prime, de animais confinados da raça Angus, ou seja, um produto grain fed, diferente do perfil predominante da carne bovina brasileira”, explica Pimentel. Dessa forma, os principais países candidatos a ocupar esse espaço seriam a Austrália e, em menor escala, a Argentina, devido à similaridade no padrão da carne e à competitividade de preços dos australianos.
Enquanto isso, a carne norte-americana que perderia o mercado chinês deverá ser redirecionada para outros compradores, como o Japão e a Coreia do Sul, que já importam esse tipo de produto.
Nesse cenário, o Brasil tende a permanecer marginalizado na redistribuição dessa fatia de mercado, sem grandes impactos imediatos para suas exportações. “Os agentes diretos dessa realocação serão a Austrália, como o novo fornecedor, e Japão e Coreia do Sul, como os novos importadores”, conclui Pimentel.
A movimentação deve ser acompanhada de perto pelo setor agropecuário, já que mudanças no comércio internacional de carne bovina podem influenciar preços e estratégias de exportação a longo prazo.
Fonte: Agrifatto
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