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Com grande queda, a China reduziu sua movimentação em 15% e em Hong Kong em 26%, perfazendo queda de 17,3% no total importado pelo país.
O ano de 2022 começou com queda nas importações de carne bovina do maior cliente do produto brasileiro. A China, principal cliente do país, em janeiro do ano passado comprou 79.896 toneladas e, neste ano, adquiriu 66.101 toneladas, queda de 14,5%. Pelo continente, a China reduziu sua movimentação em 15% e em Hong Kong em 26%, perfazendo queda de 17,3% no total importado pelo país.
Com isso, houve queda de participação daquele mercado na exportação total do país: em 2021 ela foi de 62,84% e, nos resultados de janeiro de 2022, ela caiu para 41,3%.
Apesar disso, houve um grande aumento nas compras por parte dos maiores clientes do Brasil no mercado internacional e as exportações totais de carne bovina (somadas in natura e processadas) registraram uma elevação de 25,85% no volume. Em janeiro de 2021, a movimentação foi de 126.138 toneladas e em janeiro de 2022 passou para 159. 997 toneladas.
Na receita, o crescimento foi ainda mais elevado: em janeiro de 2021 ela foi de US$ 549,1 milhões e, no mesmo mês de 2022, alcançou US$ 803,6 milhões. Houve um crescimento de 46% na entrada de divisas, puxado por um aumento de 25% na movimentação e pela elevação de 16% nos preços médios.
Na receita, o crescimento foi ainda mais elevado: em janeiro de 2021 ela foi de US$ 549,1 milhões e, no mesmo mês de 2022, alcançou US$ 803,6 milhões.
As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/DECEX), do Ministério da Economia. Segundo a ABRAFRIGO, entre os 20 maiores clientes do produto brasileiro, 17 aumentaram suas importações, enquanto que, somente a China, comprando por Hong Kong e pelo continente e a Itália reduziram suas compras em comparação com janeiro de 2021.
O crescimento mais expressivo em volume importado foi dos Estados Unidos, que elevou suas aquisições em 526,3% relação a janeiro de 2021, passando de 2.748 toneladas para 17.210 toneladas em janeiro de 2022, se transformando no terceiro maior cliente do produto brasileiro neste ano.
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Na segunda posição, o Egito surpreendeu e suas importações cresceram 318,7%, ultrapassando os EUA, ao passar de 4.501 toneladas no ano passado para 18.851 toneladas em janeiro de 2022.
Outro significativo aumento de volume das compras foi o da Rússia, que já foi o maior cliente do Brasil no passado, e que elevou suas importações em 184,8%, passando de 1.769 toneladas em janeiro de 2021 para 5.040 toneladas, já ocupando a 10a posições entre os 20 maiores importadores. No geral, entre estes maiores clientes, também cresceram de maneira significativa, Israel, com 76,9% de aumento; Filipinas (+ 68%); Emirados Árabes (+80,8%) e Filipinas (+ 68%).
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Alerta as informações
De forme resumida, o papel da China continua importante, mas ainda que as importações chinesas entrem no cômputo do ano, a maior parte está sendo relativas ao cumprimento dos contratos antigos, firmados antes do embargo pela vaca louca (de 3 de setembro a 15 de dezembro).
Daí se mostra que, mesmo sem levar nada por 3,5 meses, o apetite chinês foi menor, mesmo considerando o feriadão atual no país, para o qual costumava-se construir grandes estoques, já que há uma paralisação ostensiva dos negócios internacionais no período até de 10 de dezembro.