O consumo é estimado em 167,2 milhões de sacas de 60 kg, impulsionado por uma perspectiva de maior flexibilização das restrições relacionadas à pandemia.
A Organização Internacional do Café (OIC) elevou em 1,9% sua previsão sobre o consumo de café na safra global 2020/21, retornando às taxas de crescimento anteriores à pandemia. O consumo é estimado em 167,2 milhões de sacas de 60 kg, impulsionado por uma perspectiva de maior flexibilização das restrições relacionadas à pandemia e às expectativas de recuperação econômica, segundo a OIC. De acordo com a OIC, a produção ficou praticamente estável em 169,6 milhões de sacas, um aumento de 0,4% em relação ao período anterior.
“Espera-se que a falta de elasticidade do consumo mundial aperte a relação entre demanda e oferta e aumente a possibilidade de continuidade das atuais tendências de alta dos preços do café”, disse a OIC.
Além disso, os cafeicultores se beneficiam dos altos preços do grão, mas o aumento dos custos com insumos está alcançando suas margens e pode desacelerar o investimento na nova produção, avaliou a OIC. Os contratos futuros do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) estão perto de seu nível mais alto em sete anos, impulsionados pela colheita ruim.
De acordo com o indicador, custos de transação e produção, incluindo fertilizantes e mão de obra, junto com aumentos substanciais nos custos de transporte, devem desacelerar os investimentos na produção. O menor investimento na oferta pode sustentar ainda mais os preços da commodity, que tende a apresentar uma demanda forte e inelástica, pontuou a OIC.
Foto: Estadão Conteúdo