
Com alta expressiva, Brasil registra aumento de mais de 700% nas importações de soja em 2024; Está faltando soja no Brasil? Vamos analisar o cenário!
O mercado de soja no Brasil apresentou números expressivos em 2024, com destaque tanto para as exportações quanto para as importações da oleaginosa. De janeiro a agosto deste ano, a importação de soja no país aumentou 703,1%, totalizando 802,4 mil toneladas. O Paraguai foi o principal fornecedor, consolidando-se como parceiro estratégico no comércio de grãos (Figura 1).
Apesar do aumento significativo nas importações, o Brasil manteve seu papel de protagonista no cenário internacional da soja, com a exportação de 83,4 milhões de toneladas no mesmo período, representando um crescimento de 3,2% em comparação com 2023 (Figura 2). Os dados indicam um volume recorde de exportação para o setor.
Figura 1. Exportação brasileira de soja em grão, de janeiro a agosto, por ano, em milhões de toneladas.

Expectativas para o Fechamento do Ano no Mercado da Soja
Com base nas tendências observadas em setembro, quando o Brasil já embarcou 3,0 milhões de toneladas até a segunda semana do mês, a estimativa é de que o país encerre setembro com 6,0 milhões de toneladas exportadas. Esse volume é considerado atípico, visto que o mercado internacional geralmente direciona suas compras para a safra norte-americana, que entra em fase de colheita nesse período.
Considerando a média de exportações dos últimos meses do ano (outubro, novembro e dezembro), a Scot Consultoria projeta que o Brasil exportará cerca de 14,6 milhões de toneladas até o fim de 2024. Com isso, o volume total embarcado deverá atingir 104,0 milhões de toneladas, superando em 2,2% o recorde de 2023, que foi de 101,9 milhões de toneladas.
Figura 2. Importação brasileira de soja em grão, de janeiro a agosto, por ano, em mil toneladas.

Mercado Interno e Desafios Climáticos
No mercado interno, o esmagamento da soja também segue firme, com uma previsão de 54,5 milhões de toneladas para 2024. Até julho, já haviam sido esmagadas 28,3 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Combinando a demanda interna e externa, o suprimento total de soja deve alcançar 158,5 milhões de toneladas, enquanto a produção estimada para 2024 é de 147,3 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com os estoques iniciais de 3,3 milhões de toneladas, o país enfrentará um déficit, o que tem influenciado diretamente a alta nas cotações da oleaginosa. Em apenas 30 dias, os preços subiram 7,8%.
Além do cenário de oferta e demanda, o clima também tem gerado incertezas para o setor. Em 2023, até o dia 15 de setembro, a semeadura da soja já havia iniciado em 0,2% da área total, mas em 2024, o plantio está atrasado devido à falta de chuvas, fator que preocupa os produtores.
O quadro doméstico tem dado firmeza à cotação da soja no Brasil, que subiu 7,8% em trinta dias, aponta a Scot Consultoria.
Expectativa Moderada para Exportações de Curto Prazo
No curto prazo, é esperado que o ritmo das exportações brasileiras diminua, com os compradores internacionais focando na safra norte-americana, que está em fase de colheita. Entretanto, os números acumulados até o momento indicam que, mesmo com essa redução temporária, o Brasil se encaminha para mais um ano de recordes no setor de soja.
Com uma demanda global robusta e uma produção competitiva, o agronegócio brasileiro continua se destacando como um dos principais motores da economia, apesar dos desafios climáticos e do cenário de déficit no balanço da oleaginosa.
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