Pesquisadores da Universidade de Stanford estão dando um passo inovador no campo da proteção de culturas agrícolas. Recentemente, eles descobriram que o NHP pode ser utilizado como uma “vacina química” para desencadear uma resposta de defesa nas plantas; entenda
Pesquisadores da Universidade de Stanford estão dando um passo inovador no campo da proteção de culturas agrícolas contra infecções bacterianas. Em um estudo publicado na revista Science Signaling, uma equipe liderada pela bióloga vegetal Mary Beth Mudgett e pela engenheira química Elizabeth Sattely revelou como uma substância química recém-descoberta, chamada ácido N-hidroxipipecólico (NHP), pode ativar o sistema de defesa natural das plantas.
Quando as plantas são atacadas por bactérias, vírus ou fungos, elas respondem produzindo produtos químicos ofensivos para eliminar os invasores e produtos químicos defensivos para impedir a propagação da infestação. A equipe de Stanford descobriu que o NHP pode ser utilizado como uma “vacina química” para desencadear essa resposta de defesa nas plantas, oferecendo uma nova abordagem para proteger as culturas.
No experimento, folhas não infectadas de plantas de tomate e pimenta foram tratadas com o NHP. Isso desencadeou uma série de respostas químicas que tornaram as folhas menos hospitaleiras para os patógenos, impedindo a propagação da mancha bacteriana, uma infestação que pode resultar na morte das plantas.
A descoberta é um marco significativo, pois representa um avanço na compreensão de como o sistema de defesa das plantas pode ser ativado para prevenir infecções. Mary Beth Mudgett comentou sobre a importância do estudo, destacando que a equipe conseguiu criar o NHP e demonstrar sua eficácia como um inoculante para ativar o mecanismo de defesa nas plantas cultivadas.
Essa pesquisa é o resultado de uma colaboração frutífera entre Mudgett e Sattely, que começou com a descoberta do NHP em plantas de laboratório. A substância ativou um sistema conhecido como Resistência Sistêmica Adquirida (SAR), que cria um escudo de defesa química para proteger tecidos não infectados. A comunidade científica já conhecia esse sistema de defesa, mas até agora, o que o ativava permanecia desconhecido.
Esse avanço oferece esperança para a agricultura, abrindo caminho para o desenvolvimento de métodos inovadores de proteção de plantações contra infecções, potencialmente aumentando a resistência das culturas e garantindo a segurança alimentar em todo o mundo.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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