Espera dos contêineres em Santos está estável

O tempo de permanência em Santos dessas ‘embalagens’ de cargas para exportação se manteve estável em cinco dias em 2022.

O fluxo da logística portuária de exportação é medido além do trânsito de navios. O tempo médio de permanência dos contêineres nos terminais é outro fator. Quanto menor, melhor.

Para o Brasil exportador de alimentos, as informações da plataforma global Project44 mostram um quadro promissor no maior porto brasileiro de contêiner, o Porto de Santos, por onde sai a maior parte das exportações de alimentos, como café, açúcar branco (cristal) e carnes, entre os principais.

Embora o maior volume dessa corrente de comércio brasileira seja embarcado a granel nos porões das embarcações – soja, milho e açúcar VHP (bruto) -, aqueles itens sofreram com atrasos desde o início da pandemia.

No levantamento da Project44, que abrange mais de 90% do tráfego mundial, e presta serviços a expedidores e operadores logísticos, o tempo de permanência em Santos dessas ‘embalagens’ de cargas para exportação se manteve estável em cinco dias em 2022.

“Dwell times mais curtos significam que os contêineres são deixados e recolhidos mais rapidamente [fast throughput], favorecendo as exportações”, explica Josh Brazil, VP de Supply Chain Insights.

Inclusive, lembrando informações do Cecafé, relativas a maio, foi notada melhora do fluxo de embarques do grão verde, mesmo num período de atrasos nos portos chineses com as restrições contra a covid.

Já em relação ao tempo de parada dos contêineres de importação, Santos tem desempenho ainda melhor, de acordo com Brazil.

Ficou em torno de dois dias.

Se isso mostra boa fluidez no que o País importa, não necessariamente influi nas exportações.

A explicação da Projetc44: “Os portos importam mercadorias diferentes das que exportam, e esses produtos vão para locais diferentes. As embarcações que deixam as importações não necessariamente pegam as exportações como saída”.

Logo, é normal a discrepância entre os tempos de permanência dos contêineres de importação e exportação”.

Fonte: Money Times
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