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Arroba segue em patamar elevado e pode bater R$ 330 em momento de grande demanda por parte das indústrias frigoríficas que estão com escalas de abate apertadas!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta terça-feira, 15. As indústrias frigoríficas, em geral, estão com suas escalas de abate posicionadas entre três e cinco dias úteis. O quadro de restrição de oferta ainda dita o ritmo das negociações e, com isso, o momento é de que “em terra de pecuarista, quem tem boi gordo é REI”.
Seguindo como destaque os animais destinados a exportação, onde alguns negócios foram realizados acima da referência média e com o ágio atingindo cerca de R$ 10/@ em algumas praças, a depender do lote e da qualidade dos animais negociados!
Segundo os dados divulgados pela Scot Consultoria, as indústrias frigoríficas continuam com dificuldade em negociar grandes volumes de animais terminados, refletindo em aumento de R$1,00/@ para o boi e novilha gordos, na comparação feita dia a dia. O boi, vaca e a novilha gordos são negociados, respectivamente, em R$317,00/@, R$294,00/@, e R$310,00/@, preços brutos e a prazo.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 37,51/@, na terça-feira (15/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 304,31/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 308,13/@.
O indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, teve um dia de desvalorização, mas segue segue próximo do recorde histórico de R$ 320 por arroba. A cotação ficou em R$ 317,35 por arroba. Com isso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 19,58%. Em 12 meses, os preços alcançaram 52,16% de valorização.
De acordo com o app da Agrobrazil, os pecuaristas das praças paulistas seguem encontrando melhores ofertas pela boiadas que atendem o mercado de exportação. Lembrando que, até o momento, não foram observados valores acima de R$ 325,00/@
Porém, é esperado que a chegada do final da semana e as escalas apertadas de abate possam pressionar a indústria a oferta valores próximos a R$ 330,00/@ em algumas negociações pontuais, principalmente para aqueles lotes próximos da indústria.
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Em relação às vendas externas de carne bovina in natura, no acumulado das duas primeiras semanas de junho (8 dias uteis), a média diária de embarque ficou em 6,68 mil toneladas/dia, avanço de 10,7% em relação à média do mês anterior, “o que sugere uma retomada da demanda externa”, diz a IHS Markit.
Com isso, até o momento, os preços seguiram sustentados com o equilíbrio entre oferta e demanda. O momento atual é de tensão, visto que a chegada da segunda quinzena sucinta menor consumo sazonal de proteína bovina, e, os varejistas se mostram preocupados com o padrão do consumidor neste período.
“Por se tratar de uma atividade de ciclo longo, o mais provável é que a China se mantenha atuante no mercado em 2021, reduzindo seu ritmo de compras de maneira mais contundente no próximo ano”, completa Iglesias da Safras & Mercado.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 – R$ 319, na modalidade à prazo.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305, estável.
- Em Dourados (MS), o valor foi de R$ 311.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309, inalterada.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 312 a arroba, estável.
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Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, a tendência é que haja menor espaço para reajustes, em linha com o menor apelo ao consumo no decorrer da segunda quinzena do mês, arrefecendo a reposição entre atacado e varejo.
“Importante mencionar que o consumidor médio ainda opta por proteínas que causem um menor impacto em sua renda média; nesse caso a carne de frango ainda conta com a predileção do consumidor médio”, avalia.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.