É de verdade? Raça de ovelha viraliza e apaixona internet; Veja o vídeo

Descubra a fascinante Valais Blacknose, cuja aparência peculiar tem encantado e intrigado milhões de telespectadores ao redor do mundo. Originária das montanhas suíças, essas ovelhas não apenas destacam-se pelos seus chifres diferentes e marcantes manchas pretas, mas também são valorizadas por sua dupla aptidão na produção de carne suculenta e lã de alta qualidade; veja vídeo

Recentemente, um vídeo encantador de ovelhas com uma aparência única se tornou viral nas redes sociais, deixando milhares de pessoas intrigadas sobre qual seria a raça desses animais. A curiosidade levou muitos a descobrir que se tratava da Valais Blacknose, uma raça de ovelha doméstica originária da região de Valais, na Suíça, conhecida por sua aparência marcante e pelas suas qualidades tanto na produção de carne quanto de lã.

Neste artigo da Compre Rural, vamos explorar a rica história da Valais Blacknose, desde suas origens nas montanhas suíças até sua disseminação pela Europa. Discutiremos suas características distintas, como os chifres helicoidais e a lã grossa, além de seu uso tanto na indústria têxtil quanto na produção de carne. Também apresentaremos a situação atual da raça e seu status de conservação, que demonstra a resiliência e a adaptabilidade dessas ovelhas notáveis.

História incrível desses ovinos

Valais Blacknose
Foto: Site HypeScience

A raça de ovelha Valais Blacknose, conhecida em alemão como Walliser Schwarznasenschaf, tem suas origens nas montanhas do cantão de Valais e do Oberland Bernês, na Suíça. O ambiente montanhoso e pedregoso foi fundamental para moldar a raça, que se adaptou perfeitamente às duras condições de pastagem da região. A primeira documentação conhecida sobre esses ovinos foi datada no século XV, evidenciando sua longa e rica história.

Ao longo dos séculos, os exemplares passaram por diversos cruzamentos que ajudaram a definir suas características atuais. No século XIX, houve cruzamentos com as raças Bergamasca e Cotswold, e no século XX, com a raça Southdown. Essas misturas genéticas contribuíram para a robustez e a adaptabilidade da ovelha, tornando-a uma raça altamente valorizada tanto por sua carne quanto por sua lã.

O nome Walliser Schwarznasenschaf só foi oficialmente adotado em 1884, e o padrão da raça foi formalmente estabelecido em 1962. Apesar dessas mudanças e da evolução ao longo dos séculos, a essência da raça, com suas características distintas e grande adaptabilidade, permaneceu a mesma. Hoje, além de serem um símbolo da cultura suíça, essas ovelhas são conhecidas e admiradas em outros países europeus, como Áustria, Alemanha e Holanda, ampliando seu legado e importância histórica.

Características principais das Valais Blacknose

Foto: Site HypeScience
Foto: Site HypeScience

Adaptação: Essa ovelha é uma raça de montanha, bem adaptada às pastagens pedregosas e às duras condições climáticas da região de origem. Essa adaptabilidade permite que as ovelhas prosperem em terrenos íngremes e acidentados, onde outras raças poderiam ter dificuldade.

Chifres: Tanto os carneiros quanto as ovelhas possuem chifres helicoidais ou em espiral, uma característica marcante que os distingue de outras raças. Esses chifres não só adicionam uma aparência diferenciada, mas também são funcionalmente robustos para o ambiente montanhoso.

Pelagem e marcas pretas: A pelagem é grossa e de cor branca, com manchas pretas características no rosto, orelhas, joelhos e pés. As ovelhas podem apresentar manchas pretas na cauda, enquanto os carneiros geralmente não possuem essa marcação.

Conservação: Apesar de ser uma raça antiga, o Valais Blacknose está listado como “não em risco” de extinção. Em 2023, a Suíça relatou uma população de entre 10.286 e 19.732 ovelhas, com 9.380 inscritas no livro genealógico, mostrando a viabilidade contínua e a popularidade da raça.

Conhecidos por dupla aptidão

Valais Blacknose
Foto: Site HypeScience

A raça é conhecida por sua dupla aptidão, sendo uma raça valorizada tanto pela produção de carne quanto de lã. Na indústria da carne, os animais são apreciados por sua carne saborosa e de alta qualidade, resultado de sua adaptação ao ambiente montanhoso e de seu manejo tradicional. A carne é conhecida por ser suculenta e bem marmorizada, atendendo aos padrões exigentes de consumidores e chefs gourmet.

Além da carne, a Valais Blacknose é uma fonte valiosa de lã grossa e resistente, ideal para a produção de tecidos e produtos têxteis de alta qualidade. A lã possui um diâmetro médio de fibra de aproximadamente 38 mícrons, proporcionando calor e durabilidade em peças de vestuário e artigos de decoração. A combinação de sua robustez física e a qualidade de seus produtos torna os animais uma escolha preferida não apenas para agricultores e criadores, mas também para indústrias têxteis que valorizam materiais naturais e sustentáveis.

Situação atual da raça

Valais Blacknose
Foto: Site HypeScience

A raça Valais Blacknose, atualmente, desfruta de uma situação estável e bem gerenciada em termos de conservação e popularidade. Com uma população relatada entre 10.286 e 19.732 ovelhas na Suíça em 2023, sendo 9.380 delas registradas no livro genealógico, a raça é considerada “não em risco” de extinção. Esse status reflete os esforços contínuos de criadores e associações para promover a reprodução responsável e preservar as características genéticas distintas dos exemplares.

Além de sua presença na Suíça, a raça também é criada em países como Áustria, Alemanha e Holanda, ampliando seu alcance e contribuindo para sua diversidade genética. Essa disseminação internacional não apenas fortalece a base genética da raça, mas também aumenta seu reconhecimento e valorização global. Com seu perfil único e suas qualidades multifacetadas, a ovelha continua a ser uma escolha preferida tanto para pastores preocupados com a conservação quanto para aqueles que buscam produtos de alta qualidade na indústria agrícola e têxtil.

Veja o vídeo que viralizou das Valais Blacknose:

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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