
A pecuária leiteira vem sofrendo com os altos custos de produção, além disso, a alta no preço pago ao produtor está longe de ser suficiente para equilibrar a balança!
Considerando a média nacional dos dezoito estados pesquisados pela Scot Consultoria, o preço do leite pago ao produtor subiu 3,0% no pagamento de fevereiro, que remunera a produção de janeiro deste ano.
Foi o quarto mês seguido de aumento para o produtor, sendo esta a maior valorização desde então. O cenário firme é devido à queda na produção nas principais bacias leiteiras do país e maior concorrência entre as indústrias.
Do lado do consumo, a situação melhorou (um pouco) em fevereiro, com a volta das férias escolares.
O produtor recebeu, em média, R$1,272 por litro, sem o frete, considerando o leite padrão. Já o preço médio com bonificações por qualidade ficou em R$1,659 por litro.
Do lado da captação, o pico de produção foi em dezembro/19 nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Nos estados do Sul do país o volume vem mais ajustado desde setembro/outubro de 2019.
Para o pagamento a ser realizado em março/20, referente a produção entregue em fevereiro/20, o mercado deverá seguir firme, com 77% dos laticínios pesquisados apontando para manutenção dos preços pagos ao produtor, 18% estimando alta e os 5% restantes falam em queda (todos na região Nordeste).
- Efeitos do calor no rebanho bovino vão além do desconforto e podem incluir redução no ganho de peso
- Conheça os alimentos mais adulterados no Brasil
- Você sabe o que é ‘leitura de cocho’? Prática que ajuda a aumentar a eficiência produtiva de bovinos de corte terminados em confinamento
- Whitebred Shorthorn: raça une rusticidade e produção de carne de qualidade
- De olho na cigarrinha: como garantir a produtividade da pecuária em 2025
Alimentação concentrada puxou alta nos custos de produção da atividade leiteria
Os custos de produção da atividade leiteira tiveram mais um mês de alta.
O indicador calculado pela Scot Consultoria subiu 4,0% em fevereiro, frente ao mês anterior. Foi o quinto mês consecutivo de elevação nos custos e foi o mês de maior aumento no indicador.
O aumento do salário mínimo, a alta dos preços dos alimentos concentrados energéticos, principalmente da polpa cítrica, dos alimentos concentrados proteicos e dos combustíveis fizeram os custos de produção subirem em fevereiro na comparação feita mês a mês.
Fonte: Scot Consultoria