Animais com chifres encurvados impressionantes que podem chegar até os incríveis 2,4 metros de ponta a ponta, essa é a raça Ankole, muito admirada e conhecida como o “Gado dos Reis” na África Oriental.
E, esse apelido carinhoso de Gado dos Reis não é por acaso, o Ankole é tratado como sagrado por ser, na maioria dos casos, a sobrevivência das famílias. O gado desempenha o papel de fornecedor de alimento: leite e carne e, muitas vezes é utilizado também, para a fabricação de adereços culturais como tambores, bancos, sandálias e roupas. O Ankole vem sendo uma fonte de sustento por centenas de anos para vários povos como os bahimas ou bakigas, de Uganda e Congo, os watusis ou tutsi, de Ruanda e Burundi.
Além desses motivos de fornecer alimento, em alguns casos a raça Ankole também é admirada como o “Gado dos Reis”, por causa de seus laços estreitos e importância para a realeza da parte sudoeste de Uganda e Ruanda.
Raça suporta condições ambientais adversas
E, para concluir os motivos levaram os africanos a adorar o Ankole é por se tratar de uma raça que evolui conforme a necessidade climática da região, ou seja, ela se desenvolve para suportar condições ambientais adversas, sendo capaz de sobreviver com menos comida e água do que outras raças de gado doméstico.
Ankole é uma raça pertencente ao amplo agrupamento de gado Sanga de raças africanas. Provavelmente foi introduzido em Uganda entre quinhentos e setecentos anos atrás por pastores nômades de partes mais ao norte do continente.
Essa raça majestosa é distribuída em grande parte pela África Oriental e Central, particularmente em Uganda, República Democrática do Congo, Ruanda, Burundi e partes da Tanzânia. Existem pelo menos cinco linhagens regionais distintas, algumas das quais podem ser relatadas como raças por direito próprio.
Ultimamente, para aumentar a lucratividade do rebanho, com o objetivo de aumentar a produção de leite, muitos povos começaram a fazer o cruzamento da raça Ankole com a holstein-frísia, mais conhecida como gado-holandês, resultando na ankole-watusi,
A raça Ankole tem registros de 5 a 6 mil anos atrás e serviu aos antigos Egípcios
Segundo dados históricos a raça de chifres longos foi estabelecida no vale do Rio Nilo em 4000 aC, é possível ver imagens deles em hieróglifos egípcios nas pirâmides. Nos 2000 anos seguintes, o Watusi migrou com seus povos do Nilo para a Etiópia e depois para os confins do sul da África.
Devido à sua aparência única e bem diferente, o gado Ankole foi exportado da África por zoológicos europeus durante o final do século XIX e início do século XX. Zoológicos e parques de caça na Alemanha, Suécia e Inglaterra estavam entre os criadores fora da África. O gado foi chamado Ankole, ou Ankole-Watusi, e eles foram tratados como uma única raça. Os zoológicos americanos e outras atrações turísticas importaram o gado Ankole-Watusi dos zoológicos europeus nas décadas de 1920 e 1930. Com o passar do tempo os zoológicos mudaram suas políticas e só mantinham animais selvagens, os Ankole Watusi foram vendidos para criadores particulares.
Há uma crença que os chifres evoluíram para proteger o gado de predadores perigosos, como leões, leopardos e hienas. Quando atacadas, as vacas formam um círculo apertado enquanto seus chifres ficam virados para fora para afastar predadores potenciais.
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