
No mês do consumidor, os micro e pequenos produtores rurais deverão manter o foco e não se deixar influenciar pelo apelo comercial, garantindo negociações mais seguras e evitando prejuízos
Durante o mês do consumidor, período marcado por promoções e ofertas em diversos setores, o agronegócio também sente os impactos desse movimento comercial. Com os preços dos alimentos em alta, os micro e pequenos produtores precisam redobrar a atenção para evitar decisões precipitadas que possam comprometer sua rentabilidade.
Para esclarecer as melhores práticas na precificação de produtos agropecuários, o Canal Rural conversou com Eionyr Barbosa , consultor de gestão financeira do Sebrae Mato Grosso do Sul (MS) . Segundo ela, um dos principais desafios enfrentados pelos produtores rurais é definir um preço justo que cubra todos os custos e ainda garanta lucro.
O segredo da precificação correta
O primeiro passo para evitar prejuízos é detalhar detalhadamente os custos de produção. “É fundamental manter registros precisos de todos os gastos, pois isso permite calcular corretamente o custo real de cada produto. Com essa informação em mãos, o produtor consegue negociar com segurança e estabelecer descontos sem comprometer sua margem de lucro”, orienta Barbosa em entrevista ao Canal Rural .
Mas como saber se o negócio está realmente lucrativo? A conta é simples: basta somar todas as receitas obtidas no mês e subtrair os custos envolvidos na produção. Se o saldo for positivo, há lucro. Caso contrário, é necessário reavaliar os gastos ou reajustar os preços de venda.
O que entra na conta do custo de produção?
Os custos podem ser divididos em diferentes categorias:
- Custos diretos: incluem insumos como sementes, adubos, defensivos agrícolas, embalagens e combustíveis para transporte.
- Custos operacionais: abrangem manutenção de equipamentos, energia elétrica, mão de obra, alimentação do produtor durante a venda e até mesmo
- Custos administrativos: englobam despesas com contador, internet, telefone e depreciação de bens.
Como calcular o preço de venda?
A consultora do Sebrae destaca que a precificação deve considerar tanto as variáveis de custos quanto os fixos. Para exemplificar, imagine um produtor de alface. O preço de cada pé deve ser calculado somando os custos de insumos, mão de obra e transporte, além da parcela proporcional das despesas fixas,
“Com esse projeto bem estruturado, o produtor tem segurança para definir valores justos, cobrindo seus custos e garantindo uma margem de lucro sustentável”, reforça Barbosa ao Canal Rural .
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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